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domingo, 25 de abril de 2010

Um pouco de pedagogia: resposta a um comentário sobre homofobia

 
Definição gayzista de homofobia
@ Sérgio Vitorino
O que é homofobia? Para falarmos das coisas temos que as definir primeiro. O gayzismo ou o movimento político homossexual tem a grande preocupação em não definir conceitos para que os epítetos, rótulos e slogans possam ser utilizados de uma forma flexível e em todas as situações. “Homofobia” é “pau para toda a colher”.
Homofobia é definida como “o medo irracional em relação aos homossexuais”.

Está implícita na definição supracitada a noção de “medo racional” em contraponto ao “medo irracional”. Por exemplo, quando uma ameaça à nossa integridade física, psicológica ou moral, é real, o nosso “medo” deixa de ser irracional para ser racionalizado e consciente. Pelo contrário, quando o medo é irracional, ele subsiste apenas a nível do subconsciente ou mesmo do inconsciente, e portanto não é racionalizado.
Quando uma emoção é racionalizada, passa a ser um “sentimento”. Quando uma emoção permanece no subconsciente ou no inconsciente, é instintiva ou um “complexo”. Por exemplo, um “sentimento de culpa” não é a mesma coisa que um “complexo de culpa”; o primeiro foi racionalizado e é consciente, e o segundo mantém-se irracional ou instintivo.
A partir do momento em que uma emoção é racionalizada, ela pode ser analisada ou escrutinada pelo juízo. Por exemplo, a noção de “inteligência emocional”, parecendo um paradoxo, é racional na medida em que as emoções são sujeitas ao escrutínio do juízo. Através da inteligência emocional, os aspectos éticos, morais, culturais e práticos de uma determinada situação existencial são analisados à luz da razão que julga em função de valores. Podemos colocar em causa os valores que estão subjacentes ao juízo, mas isso dava outro postal.
Se dermos como correcta a definição, e se a homofobia é “o medo irracional em relação aos homossexuais”, quem racionalizou esse “medo” não é homófobo. O mais que essa pessoa pode ser é preconceituosa.
Porém, todos nós temos preconceitos: não existem super-homens. Os preconceitos podem ser positivos ou negativos: os primeiros são aqueles que se abrem à discussão pública, e os segundos são aqueles que se fecham em doutrina política ou mesmo em dogma.
Quando a palavra “homófobo” é utilizada para o ataque liminar ad Hominem — por exemplo: “você não tem razão porque é homófobo; além disso, você tem o nariz grande, e por isso de modo nenhum pode ter razão naquilo que defende” —, o movimento político gayzista instituiu uma forma de preconceito negativo porque não é, à partida, passível de ser discutido. O adjectivo “homófobo” passou a ter uma força política equivalente à do “herético” inquisitorial na Alta Idade Média. O homófobo é uma espécie de herético moderno actual, alguém que tem que ser (metaforicamente) queimado numa fogueira sem discussão prévia e em nome de uma doutrina política dogmática ou de um preconceito negativo.
Através da utilização preconceituosa e em sentido negativo do adjectivo “homófobo”, o movimento político gayzista pretende que a sociedade passe a ser homófila. A homofilia consiste na “aceitação moral e cultural do acto homossexual”. A aceitação da homofilia pode ser consciente ou inconsciente, mas o que o gayzismo pretende é que ela seja generalizada e imposta coercivamente (pela força da lei) a toda a sociedade.

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