Divinity Original Sin - The board game
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
domingo, 30 de dezembro de 2012
Marxismo Cultural: Livros infantis e a agenda feminista
Marxismo Cultural: Livros infantis e a agenda feminista: Svetlana Smetanina A pedido do Comité Parlamentar Europeu para os Direitos das Mulheres, os jardins infantis e as escolas podem pas...
sábado, 29 de dezembro de 2012
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Blog SOMENTE A VERDADE: A Primeira Psicóloga que desafiou o Império Gay no...: Entrevista: Rozângela Alves Justino "Homossexuais podem mudar" A psicóloga repreendida pelo conselho federal por anunciar que muda a...
sábado, 22 de dezembro de 2012
LIBERTATUM: Renata Gusson, uma cidadã, escreve ao Dep. Jean W...
LIBERTATUM: Renata Gusson, uma cidadã, escreve ao Dep. Jean W...: Date: Mon, 17 Dec 2012 19:34:12 -0200 From: renatagusson@uol.com.br To: dep.jeanwyllys@camara.leg.br Subject: Um minuto de sua atenção, ...
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
A Ordem Natural: Nova Ordem Mundial em livros
A Ordem Natural: Nova Ordem Mundial em livros: Duas pessoas escreveram (Iolanda e Anônimo7) perguntando qual seria o melhor livro para iniciar um estudo sobre o panorama político in...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
.: Carta aberta aos moralistas ateus:
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
LIBERTATUM: A gente somos i-nú-teeeuuu!
LIBERTATUM: A gente somos i-nú-teeeuuu!: Clique na imagem para visualizá-la melhor O mapa acima representa todos os aviões do mundo em voo, cada qual em sua respectiva posição...
Mídia Católica (www.midiacatolica.org): PT quer emplacar o Estatuto do Bandido
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sábado, 15 de dezembro de 2012
LIBERTATUM: A brutalidade do estado total
LIBERTATUM: A brutalidade do estado total: O vídeo acima - regule para ler as legendas em português - mostra uma operação de agentes federais americanos em um estabelecimento e...
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
LIBERTATUM: O que temos há bastante tempo afirmado sobre a con...
LIBERTATUM: O que temos há bastante tempo afirmado sobre a con...: Extraído do site do PDT - Encaminhado por Ana Prudente Fonte: Ascom/OM/Apio Gomes | 11 de dezembro de 2012 Um novo caminho para ...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
.: Próximo Troféu Promessas em Bohemiam Grovee, a Mat...
.: Próximo Troféu Promessas em Bohemiam Grovee, a Mat...: 5 Razões para os Cristãos se afastarem da Globo 1- Uma entidade que dá R$ 6 milhões prá um já Milionário como Ronaldinho p...
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
sábado, 8 de dezembro de 2012
A metade idiota de Niemeyer colaborou com os narcoterroristas das Farc, chamava de “líder fantástico” o assassino de 40 milhões, via no tirano Hugo Chávez um grande homem e justificava todos os crimes de Fidel. Bem pensado, sua genialidade ocupava apenas um terço do seu caráter… Se eu tiver de voltar ao assunto, reduzo para um quarto… Ou: “Idoso de esquerda tem problema”
Mídia Católica (www.midiacatolica.org): O perigo do Marco Civil da Internet
Mídia Católica (www.midiacatolica.org): O perigo do Marco Civil da Internet: Ontem telefonei para o Disque Câmara (0800 619 619) e admirei-me ao constatar que a telefonista não sabia o que era o Marco Civil da Interne...
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Teologia da Libertação e o pobre como lugar teológico
http://padrepauloricardo.org/aulas/teologia-da-libertacao-e-o-pobre-como-lugar-teologico?utm_source=Lista+-+padrepauloricardo.org&utm_campaign=6901475b65-Newsletter_04dez2012&utm_medium=email
Nesta aula, Padre Paulo Ricardo nos coloca diante de um dilema: É possível fazer teologia partindo da realidade dos pobres como propõem algumas correntes teológicas da América Latina? Dando continuidade à aula anterior sobre os "Lugares Teológicos", Padre Paulo Ricardo explica os príncipios errôneos da Teologia da Libertação, ensinando que a correta teologia deve partir primeiramente do "Auditus Fidei", ou seja, da Revelação de Deus, e não de realidades materiais.
A aula desta semana também traz novidades. Aqueles que a acompanharem perceberão que conforme o Padre Paulo Ricardo aborda os temas propostos, imagens ilustrativas aparecem ao fundo da tela. Esse recurso é um método adotado pelo site para facilitar o estudo de nossos alunos e torná-lo mais dinâmico.
Isso só é possível graças à ajuda de nossos assinantes e contribuintes que mensalmente colaboram conosco para que possamos difundir a mensagem católica, conforme o desejo do Santo Padre Bento XVI. No entanto, para que possamos ampliar ainda mais nosso alcance e melhorar a qualidade de nossas mensagens, com recursos como esse da aula de teologia, precisamos do apoio de um número ainda maior de pessoas.
Sendo assim, pedimos a vocês que conhecem o nosso site e gostam do trabalho do Padre Paulo Ricardo que divulguem-no para seus amigos e tornem-se nossos alunos. Somente através do estudo é que poderemos dar a razão de nossa fé a todos aqueles que nos perguntarem (I Pedro 3,15).
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
A Ordem Natural: Teoria da Conspiração Sionista
A Ordem Natural: Teoria da Conspiração Sionista: No meu entender, acreditar na chamada Teoria da Conspiração Sionista é um erro grosseiro na interpretação dos fenômenos políticos co...
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Shatten: Patrono dos estudantes brasileiros.
Shatten: Patrono dos estudantes brasileiros.: Bruno Braga . Fidel Castro na antiga sede da UNE, 1959. Fidel Castro visitou o Brasil em 1999. Em sua passagem pela capita...
Marxismo Cultural: Engenharia social sueca
Marxismo Cultural: Engenharia social sueca: Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que crêem em Mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e...
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Neo-Ateísmo Português: A incapacidade argumentativa de Ludwig Krippahl
Neo-Ateísmo Português: A incapacidade argumentativa de Ludwig Krippahl: « Num diálogo racional cada parte tem o dever de justificar a sua posição, qualquer que esta seja.» Ludwig Krippahl, A prova e os deuses ...
Ad Hominem - Humanidades e outras Falácias: Que argumento, afinal de contas, é um par de tetas...
Ad Hominem - Humanidades e outras Falácias: Que argumento, afinal de contas, é um par de tetas...: As senhoritas do Femen resolveram tornar públicas sua indignação e suas vergonhas. Elas são vadias, sim senhor!, mas não devem ser tratad...
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Shatten: A delinquência sob o véu do heroísmo.
Shatten: A delinquência sob o véu do heroísmo.: Bruno Braga . O julgamento do mensalão desfiou parte do tecido que há décadas recobre a história do Brasil. Um véu artificiosamente...
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
terça-feira, 27 de novembro de 2012
O discurso pueril das cotas raciais
Fonte: http://cavaleiroconde.blogspot.com.br/2012/11/o-discurso-pueril-das-cotas-raciais.html
A ideologia das cotas raciais parte de
mentiras históricas, estatísticas e sociais para se estabelecer nas leis e no
judiciário. O ministro Joaquim Barbosa é um exemplo clássico do quanto vai de encontro com a própria realidade. Um
homem negro bem sucedido que não acredita na capacidade intelectual de seus
concidadãos. Que exemplo triste!
O discurso pueril das cotas raciais
“Lei não se discute, se cumpre”,
publica-se uma frase solta no facebook, junto com a imagem do Ministro Joaquim
Barbosa, a respeito da legislação das cotas raciais. Não sei se a frase é do atual Presidente
do STF. Acredito que não, porque o seu conteúdo é infeliz e estúpido, de estreito
raciocínio jurídico. Se a lei for injusta, ela deve ser cumprida? Ela também
não deve ser discutida? Será que o
suposto autor da frase conhece algo como “desobediência civil”? As piores e
mais injustas leis estão justificadas pela sacralidade da vontade estatal. Os regimes totalitários agradecem pela ajuda.
Aliás, se as leis não fossem
discutidas, não teríamos os Tribunais e o próprio STF, que no afã de agradar
sensibilidades politicamente corretas, não apenas discutem, como distorcem e
modificam dispositivos da legislação e da Constituição. A Carta Magna não apregoava que
todos são iguais perante a lei? A “discussão” do Supremo mudou o sentido do
art. 5 da CF. Alguns são racialmente mais iguais do que outros.
Quem diz que a lei deve ser
cegamente cumprida, sofre de um sério transtorno de positivismo
jurídico. De
fato, a escola positivista do direito acabou com a mentalidade de uma
boa parte dos juristas e
advogados do país. A idéia tacanha de confundir a norma como um fim em
si mesmo cria essa obediência cega às leis. Pouca gente parece
questionar o conteúdo das
leis. Se elas são um fim em si mesmo, cumpra-se. Elas podem ser
arbitrárias,
racistas, transgressoras da ordem social. Não importa. O acadêmico de
direito
brasileiro foi ensinado a crer que o Congresso Nacional e o STF são
oráculos
dos deuses. Virou um verdadeiro papagaio de pirata legal. Tal é o mal
que Hans
Kelsen fez às letras jurídicas do país.
Como o direito se confunde com a
própria norma, isso cria um verdadeiro vazio no espírito das leis. As pessoas
já esqueceram o direito natural e os princípios gerais do direito. A modinha
agora é o tal “direito alternativo”, escola seguida pelo STF e pelo ativismo
judicial. Se a lei não está conforme aos anseios das esquerdas militantes, o
negócio mesmo é modificar o seu sentido, a sua interpretação, para agradar aos
conchavos políticos dos ativistas.
Se o legalismo extremo leva à
esterilização do direito, o ativismo judicial cria uma completa instabilidade
jurídica. Quem fundamenta mais as leis não é o legislador, mediante o Congresso
Nacional, a Assembléia Legislativa ou as Câmaras Municipais e sim o juiz
ideológico, encharcado de Marx, Gramsci e Escola de Frankfurt na cabeça. Obviamente,
se os juízes mudarem o sentido da lei, os papagaios de piratas jurídicos não
vão fazer nada. Vão crer piamente que esse é o estado natural do direito, ainda
que as próprias leis sejam modificadas ilegalmente no seu conteúdo.
Apesar de não confirmar quem
expressou tais idéias do “cumpre-se a lei”, é possível confirmar o que o
ministro Joaquim Barbosa pensa sobre as cotas. Ele tem uma opinião que é, no
mínimo, espantosa e estarrecedora: ainda que seja bem sucedido, ele desconfia
da capacidade intelectual dos negros. Nunca houve um disparate tão curioso
entre a realidade e o discurso. Ele consegue tudo por conta de seu esforço e
ainda acredita que os seus “irmãos de raça” devam ser paparicados pelo Estado,
porque são incapazes?
Pior é Joaquim Barbosa dizer uma inverdade,
no seu parecer favorável às cotas. Poderia acrescentar que sua declaração é
intelectualmente desonesta. Ele diz que os críticos das cotas são “aqueles que se beneficiam ou se beneficiaram
da discriminação da qual são vítimas os grupos minoritários”. Vamos
analisar a seguinte lógica: se um
brasileiro médio branco, mestiço ou negro for contra as cotas, é sinal de que
ele foi beneficiado por um regime de discriminação? A argumentação é de um
maniqueísmo fajuto. E porque as cotas é que são racistas e
discriminatórias.
Por que será que os defensores das
cotas, ao justificarem um ato hediondo
de discriminação legalizada, projetam a discriminação nos outros? As pessoas
que criticam as cotas defendem justamente a igualdade de todos perante a lei,
sem distinções de qualquer natureza, como está na Constituição Federal (ou,
pelo menos, como ela está transcrita).
Há outra perversidade por trás da
opinião pró-cotas: a defesa de uma ideologia racial. Quando se fala de desigualdade
de brancos e negros, fala-se tão arbitrariamente de raças, ignorando a
existência de indivíduos. Desenvolve-se a loucura de criar médias proporcionais
equiparadas de negros e brancos nas universidades, quando na prática, se cria
uma desigualdade entre indivíduos pela cor da pele. Na prática, idolatra-se a abstração da raça
para ignorar o mérito, os engenhos e esforços pessoais de cada cidadão. Cria-se
a desigualdade racial para impor uma abstrata equiparação racial, como se as
raças fossem mais importantes do que as pessoas. Como se o mero fato de alguém
entrar na universidade dependesse da cor da pele, e não dos conhecimentos
demonstrados num vestibular. A visão é coletivista e totalitária, pra dizer o
mínimo.
A desigualdade no Brasil não
obedece a critérios raciais. Ou melhor, a desigualdade humana obedece a
critérios dos mais vastos, que vão da competência, do mérito individual, da
história, do caráter e da inteligência de cada um. É curioso que indivíduos com
formação jurídica como o Sr. Joaquim Barbosa não nos apresentem um único
exemplo concreto, racional ou visível de discriminação racial nos vestibulares
ou escolas. Ou pior, apresentem exemplos tão genéricos e ralos de racismo, quando na
verdade, ignorem outras variáveis muito mais importantes. Na crença do
Ministro e seus acólitos, parece que a ascensão social
no Brasil só se rege por um sistema de raças. As estatísticas que diferenciam
negros e brancos nos números são meras abstrações. Não existe o branco e o
negro das estatísticas, mas sim indivíduos, com históricos particulares de
vida, quando inúmeras escolhas e talentos podem explicar sua ascensão social,
sem a pecha da raça.
Cabe acrescentar que as
estatísticas podem perfeitamente ser induzidas a justificar um fato inexistente. Muitos
adoram alardear que a média dos brancos ganha mais do que a média de negros.
Mas na prática é uma média geral, que compara a relação de todos os negros e
todos os brancos, sem vincular outras diferenças, com o do lugar, das origens,
das regiões, de educação etc. Inclusive, dentro desta matemática, descobriu-se que os pardos ganham
menos do que os negros. Os negros são racistas por conta dessas diferenças?
Porém, se o branco pobre for comparado
nas mesmas condições sociais do negro, se perceberá que ambos experimentam as
mesmas dificuldades. Ou melhor, a proporção de brancos e negros pobres é
praticamente a mesma. Se a lógica da desigualdade social das “raças” fosse
aplicada literalmente como “prova” de uma sociedade racista, poderíamos afirmar
que seríamos um país de japoneses e judeus racistas, o que seria ridículo. Os brasileiros
judeus e os orientais experimentam um nível de vida e instrução maior do que a
média nacional.
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Mídia Católica (www.midiacatolica.org): As obras faraônicas nas favelas cariocas e o turis...: Há algum tempo nos habituamos a ver no Estado do Rio grandes obras direcionadas ao bem-estar da sua população em âmbito geral, como por ex...
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Marxismo Cultural: A mulher como vítima de engenharia social
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sábado, 24 de novembro de 2012
O maior africano de todos os tempos
Fonte: http://cavaleiroconde.blogspot.com.br/2012/11/o-maior-africano-de-todos-os-tempos.html
De uma coisa posso encerrar este
artigo com orgulho: salvei a honra da África. Lembrar-se de Santo Agostinho é
uma compensação que nenhuma cota racial, nenhuma cultura da “negritude”,
nenhum batuque do “baile” funk pode nos dar.
O maior africano de todos os tempos
Se alguém me perguntasse qual foi personalidade mais admirável da
África, contrariando todas as expectativas vigentes, eu diria na lata: Santo Agostinho! E seria diferente? Supor que uma cabeça
influencie desproporcionalmente todas as estruturas políticas, intelectuais,
filosóficas e literárias da civilização europeia e ocidental é algo para
poucos. Seu legado pesa não somente aos católicos, mas aos protestantes e ao
mundo como um todo. Só o Nosso Senhor conseguiu proeza maior, criando uma nova
era e dividindo os séculos. Porém, Jesus Cristo é Deus. E Agostinho, o seu mero
seguidor, inspirado nas palavras do Evangelho. O mundo seria bem pobre se não
houvesse obras como “A Cidade de Deus” ou “Confissões”, um das maiores obras literárias
e autobiográficas jamais escritas na história da literatura universal. A mais
fantástica inteligência da Patrística é o maior africano de todos os tempos. Quem
é que tem dúvida?
Pensemos no Mediterrâneo, não
como uma divisão entre África e Europa, mas justamente o contrário, como uma
interligação do Mare Nostrum romano entre dois grandes continentes. A África de
Agostinho era uma extensão do Império Romano. Nem poderíamos dizer uma “extensão
da Europa”, porque nem Europa existia tal como conhecemos. O Norte da África
tinha a identidade romana, por um lado, e greco-egípcia, por outro. Já fora
fenício e macedônio. Depois, tornou-se bizantino.
O Mar Mediterrâneo só separou a
Europa da África com o islamismo. Comunidades cristãs desapareceram, ora pela
força, ora pela assimilação. E a Europa cristã, acuada, atacada por todos os
lados, tornou-se uma verdadeira fortaleza, por conta da perda do antigo mar.
Para aqueles que criticam o “imperialismo” da Europa contemporânea,
será que alguém se lembrou da “opressiva” Roma que esmagou Cartago? Ou do Império
Egípcio? Alguns militantes afro-racistas americanos adoram reverberar o mito de que os
egípcios eram negros. Talvez tenham apagado a dinastia ptolomaica, descendente
de um general de Alexandre o Grande. Cleópatra tinha sangue grego. Ou
então a qualidade egípcia de ávidos escravistas malvados. O povo de Israel se
libertou deles com grandes sofrimentos. Deus subjugou o Faraó. Alguém da
militância afro sugestionou pagar alguma dívida histórica aos judeus?
A militância negra ficaria
escandalizada ao escutar que Santo Agostinho é o melhor de todos os africanos. Admirar
um cristão? Quer dizer que não admiro Mandela, Patrice Lumumba, Agostinho Neto,
Mengistu Mariam ou Mugabe? Respondo com uma santa paz de consciência: Nem de
longe! Essa gentalha comunista e tribal corrupta? Arruinaram a
África,
massacraram seus concidadãos em guerras civis fratricidas mataram
milhões de
pessoas. É espantoso que os maiores ídolos da esquerda na África
conseguiram
ser, sob muitos aspectos, bem mais destrutivos do que o imperialismo
europeu. A Europa, ao menos,
trouxe algum tipo de prosperidade e civilização no meio da selvageria
das
disputas imperiais. Todavia, dentro das hostes das esquerdas, negros
podem
matar brancos e também negros. Eles têm passe livre para o genocídio,
contanto que
levantem a bandeira vermelha o discurso clichê da "libertação nacional".
Sob os aplausos da intelligentsia. Resta saber quais "nações" existem
que foram "libertadas", já que a guerra civil africana se resume a
brigas de tribos que se odeiam. Quase todas viraram ditaduras
comunistas. E a nacionalidade parece uma fictícia e estranha formalidade
importada do mundo europeu.
Será que os militantes negros
brasileiros que idolatram essas criaturas bizarras já pensaram o quanto a
África sangra de miséria, atraso e morte por causa desses tiranetes demagogos e assassinos
em massa? Não é por acaso que Zumbi dos Palmares é idolatrado por essa gente.
Um arremedo de líder tribal africano nas Américas e um tiranete dono de
escravos é fonte de inspiração para eles. Quando algum individuo encharcado de ideologia afirmative action me diz que é “filho”
de Zumbi, a pergunta que me surge na cabeça é: de que cemitério ele saiu?
Alguém se recorda do dia 13 de
maio de 1888? Na minha época de adolescência era um feriado nacional.
Inclusive, negros e pardos do início da República eram monarquistas fervorosos,
por conta da Princesa Isabel de Bragança, a Redentora, que assinou a Lei Áurea
e elevou os africanos do Brasil a status de súditos livres. Inclusive, o preço da liberdade dos escravos
foi o golpe republicano e a perda da coroa. A princesa branca, loira, de
olhos azuis, filha das Casas de Bragança e dos Habsburgo, fez mais pelos negros
em um decreto do que Zumbi dos Palmares em toda sua vida. Um simples decreto de
dois únicos artigos fez justiça a uma gente oprimida. “É extinta a escravidão no
Brasil; revogam-se disposições em contrário”. Eis a pena dourada da liberdade.
Contudo, a militância negra tem
um saco de pancadas para soltar pauladas: a
presença européia na África. É como se o continente africano fosse lindo e
maravilhoso antes da chegada dos europeus. A escravidão em massa anteriormente
praticada pelos mercadores árabes foi totalmente esquecida, para não dizer
ignorada e ocultada. Também pudera. Em épocas de apoio fanatizado à Palestina, quando
comunistas sectários pregam a destruição do Estado de Israel, é claro
que vão ocultar a podridão dos islâmicos. Aliás, até a escravidão de negros por
negros também foi colocada debaixo do tapete. Negros sempre são bonzinhos; brancos
são sempre malvadinhos. Isso consola a cabecinha dos primitivos maniqueus
raciais.
Os negros nunca são responsáveis
pelos seus atos. Eles necessitam choramingar sobre um passado morto e
enterrado, para justificarem seus fracassos. Precisam culpar um país inteiro
por ações esquecidas e abandonadas. Necessitam culpar uma sociedade que lhes
deu liberdade, algo ignorado na própria África. E a inoperância se torna raiva,
ódio sistemático e organizado.
Ademais, a pobreza intelectual da
militância negra é assustadora. Eles não conseguem ver valor algum na cultura,
senão por esquemas mentais antropológicos e raciais. Na visão ideológica deles,
os negros não devem criar artes, literatura ou música elevadas para alumiar a humanidade, mas tão
somente para promover um sentimento tribal e ressentido de cor da pele. Por
isso que muitos militantes negros são cultores de Rap e funk.
Será que não conseguem criar algo mais além do
que esses lixos musicais? Nem um Lupicínio Rodrigues, nem um Pixinguinha
ou
Cartola? O problema é que estes grandes compositores da música popular
brasileira
não cantavam pra exaltar o culto de uma raça ou etnia. Não faziam
lamentos justificando sentimentos de inferioridade ou a vitimização da
pobreza ou da raça
negra. Falavam do amor, da paixão, da não-correspondência da relação
entre
homem e mulher. Talvez isso soe português demais, ibérico demais. No
entanto,
essa cantoria genuinamente africana de laços ibéricos vale bem mais do
que os
batuques dos delinquentes do rap ou do funk. Rap e funk é coisa de gente
da cadeia. Até um brilhante músico, o padre mulato José Maurício Nunes
Garcia,
compositor de Dom João VI, salvaria a honra da africanidade brasileira.
Da parte dos afro-militantes, só resta
silêncio.
O embusteiro deputado do PSOL,
Marcelo Freixo, criou uma lei ridícula sobre o funk, elevando-o a
patrimônio cultural no Rio de Janeiro. Um estilo musical medíocre,
tocado em festas
regadas à droga e prostituição, agora é reverenciado como cultura
superior de
favelado ou de negros. Coitado do negro e do favelado minimamente
instruído!
O pior de tudo é alguém crer que
Freixo seja algum exemplo de moralidade. Se o homenzinho nutre um gosto tão
grotesco pela música, pela política não deve ser diferente. O PSOL não é exemplo
de honestidade pra ninguém. Para um partido que faz apologia de dois
terroristas italianos, como Cesare Batistti ou Achille Lollo, não me espantaria
o porquê do funk ter sido reverenciado como cultura popular, através de uma lei
imbecil. Esquerdismo, crime organizado e delinquência têm tudo a ver. E se a cultura
negra pode ser rebaixada a este nível, é porque os pobres negros deste país
estão no fundo do poço. Alguém já viu algum funqueiro minimamente alfabetizado?
Ou que saiba cantar bem?
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Shatten: Agredidos pela tolerância.
Shatten: Agredidos pela tolerância.: Bruno Braga . No artigo “A juventude politizada” [1] observei que o processo de educação dos jovens está fundado em uma pedagog...
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Julio Severo: Angela Merkel chama Cristianismo de “religião mais...
Julio Severo: Angela Merkel chama Cristianismo de “religião mais...: Angela Merkel chama Cristianismo de “religião mais perseguida do mundo” Andrew E. Harrod Numa palestra que deu em 5 de novembro de 20...
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LIBERTATUM: A xerife da educação: Isadora Faber: “Diário de Classe” gera polêmica Celebridade da estudante de 13 anos revela uma profunda crise da escola contemporânea ...
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
Carta de um Palestiniano que vive no Brasil
`CARTA DE UM PALESTINO´ (para reflexões)
Amigos,
Meu nome é Achmed Assef, sou palestino e vivo no Brasil atualmente.
Desde que iniciou novamente os conflitos no Oriente Médio, não se fala em outra coisa a não ser nesta guerra infeliz que tanto vem fazendo vitimas dos dois lados.
Nasci na Palestina, um pais que ainda não existe oficialmente e quando a situação ficou insustentável para minha família, tivemos o feliz e sagrado convite de um amigo de meus pais a virmos ao Brasil, e desde meus 5 anos de idade, moro neste lindo pais acolhedor.
Quando digo que a situação na Palestina ficou insustentável, não estou me referindo aos inúmeros conflitos com o exercito de Israel ou os religiosos judeus que mantinham suas casas lindas em território palestino, e que hoje essas mesmas casas foram tomadas a força pelos terroristas, mas sim de uma insustentabilidade provocada pelos próprios "governantes" palestinos em todos esses anos.
Para quem está no Brasil ou qualquer outro lugar do mundo, na segurança de seu lar e de sua vizinhança não vai conseguir imaginar nunca o que é viver em Gaza. Somente de lembrar minha breve infância nas cidades em que vivi, me da aperto no coração e vontade de chorar, porem, ninguém que esta no conforto de seus lares também recebendo milhares de informações, fotos e noticias do atual conflito pode imaginar também o que é sentir-se traído por aqueles que se intitulam lideres palestinos.
Os lideres palestinos nunca quiseram um Estado. E eu posso falar isso em alto e bom tom, porque é uma verdade. Se quisesse teriam criado antes de 1948, quando ainda não existia o Estado de Israel, se quisessem o teriam feito em 48 também quando a ONU decidiu pela criação de dois Estados, mas nossos grandes Líderes preferiram incitar o povo a violência de lutar contra os judeus do local a fazer lobby por um Estado palestino viável.
Não quiseram também os lideres palestinos quando os territórios, chamados "ocupados por Israel" e que hoje estão em sua grande maioria em nosso domínio, criar um Estado palestino. O que dizer então da mais recente escalada de violência, quando ocorreu a segunda intifada causada pelo grande líder Arafat que em 2000 rejeitou o melhor acordo de paz de todos os tempos propostos pelo premie israelense Ehud Barak e mais uma vez incitou o povo palestino a violência e a brutalidade através de homens-bomba, enquanto a família do Sr. Arafat vivia com regalias, mordomias e riquezas em Paris, tudo fruto de doações dignas estrangeiras mas que nunca chegaram ao povo sofrido da Palestina.
Ao invés de comprar comida, água, remédios e oferecer uma vida digna e boa ao povo palestino, nossos lideres preferiram o caminho da violência, da brutalidade e da estupidez de promover o ódio e a discriminação contra o povo judeu, que se não são anjos, também não são demônios como pregam nossos lideres.
As mesmas crianças que hoje morrem inocentemente no colo de suas mães, são as mesmas que recebem a criação e educação militar desde cedo a odiar Israel e o povo judeu, sabendo atirar com armas pesadas com menos de 5 anos de idade e ainda recebem a lavagem cerebral de se tornarem mártires explodindo-se para causar ainda mais vitimas do outro lado.
Os lideres palestinos não possuem nenhum sentimento humanitário como se espera para uma população cansada e calejada de sofrimento. Pois se tivessem, não mandariam para o suicídio seus parentes e suas crianças, enquanto esses covardes assassinos escondem-se em outros paises ou ate mesmo utilizando escudos humanos dentro da população civil, como vemos hoje na faixa de Gaza.
O Hamas, que há muito tempo vem promovendo barbáries dentro e fora de Gaza, desde que em seu único ato inteligente na historia, transformou-se em partido político somente para dar legitimidade ao seu terrorismo praticado diariamente nas ruas de Gaza, matou, perseguiu, torturou e aniquilou todos os "inimigos" do Fatah, o partido moderado que hoje é representado pelo incapaz Mahmoud Abbas.
Senhores, como pode um grupo terrorista, dizendo-se líder do povo palestino matar nossos irmãos? Como entender que eles não estão defendendo nosso povo, mas sim seus próprios ideais que não refletem a opinião da maioria desse meu povo palestino? Matar palestinos somente porque não concordam com seus atos e idéias é arcaico e acima de tudo terrorista. Sobrou a Cisjordânia para o Fatah e que se não tomarem cuidado, servira de base para mais atos de violência dos terroristas do Hamas.
Vocês podem argumentar que os terroristas do Hamas praticam atos sociais e de solidariedade, mas não acreditem em tudo que vêem na mídia e muito menos em tudo que ouvem. Para que vocês consigam compreender, faço uma analogia com os traficantes no Rio de Janeiro, pois é legitimo o que eles fazem? Aliciar crianças inocentes para o trafico de drogas, colocando armas pesadas em suas mãos? Acredito que não, mesmo que os traficantes promovam atos sociais e atos solidários com os moradores dos morros onde estão alojados. Continuam desrespeitando o direito de crianças crescerem com educação saudável e não para a guerra, como os terroristas do Hamas fazem hoje.
Amigos brasileiros que tanto respeito e tanto quero bem, faço um apelo como palestino, como muçulmano, mas acima de tudo como um ser humano que não agüenta mais ver a ignorância e a falta de conhecimento por parte de muitas pessoas neste lindo Brasil:
Parem de atacar Israel, parem de atacar os judeus e também parem de achar que o povo palestino é somente de terroristas. Há muita gente boa, inocente e que não quer mais conflitos com os israelenses e não os odeiam, assim como não odeiam os americanos.
Muita gente la, incluindo minha família está cansada de tanta dor e sofrimento e sabemos que devemos ter uma convivência pacifica com Israel, afinal, é de Israel que vem nossa água, nossa comida, nosso trabalho e nosso dinheiro.
Israel inclusive nos oferece ajuda militar sabiam? Quando houve acordo com a Autoridade Palestina no governo de Arafat, a policia de Israel treinou muitos de nossos homens que não queriam envolvimento com o conflito para que pudessem trabalhar na ordem de nossas cidades. Israel ofereceu treinamento para seus supostos inimigos, inclusive com armamento para que tivéssemos nossa própria segurança.
Terroristas que tentaram e não conseguiram se explodir nas cidades de Israel, receberam atendimento medico nos hospitais israelenses!! E muitas das escolas em Israel promovem a educação igualitária com alunos palestinos e judeus, convivendo em perfeita harmonia e recebendo educação sadia e de respeito ao próximo. Diferentemente do que acontece em Gaza, por exemplo.
Se nossos lideres não fossem tão burros e estúpidos, nosso povo sofrido não teria mais o que reclamar, pois em Israel estão as maiores oportunidades para um palestino que vive em gaza ou Cisjordânia e quem tem um mínimo de inteligência la sabe que não vai conseguir nunca varrer Israel do mapa ou exterminar todos os judeus, como apregoam certos lideres maníacos do nosso lado.
Quanto ganharíamos se estivéssemos do lado de Israel e dos judeus? Por que aqui no Brasil a convivência entre os dois povos sempre foi motivo de orgulho e quando estamos em sociedade ganhamos em tudo?
Meu tio recebeu visto de trabalho em Israel. Todos os dias levantava cedo e ia trabalhar em Israel e voltava de noite para sua casa em Gaza. Quando o Hamas tomou o poder à força e iniciou seus diários ataques as cidades israelenses, meu tio perdeu o emprego e a fronteira foi fechada. A culpa é de Israel? Do meu tio que nunca odiou os judeus? Não, a culpa é dos terroristas do Hamas. Meu tio hoje continua não odiando os israelenses nem os judeus. Vive na Síria, onde a situação não é das melhores, mas la não ha. grupos terroristas como o Hamas ou o Hezballah que somente acabam com a vida dos cidadãos de bem.
O povo palestino foi expulso de diversos paises chamados "amigos dos palestinos", incluindo Jordânia, Líbano, Síria e Líbia. O Egito fecha sua fronteira com Gaza porque não nos querem por la, inclusive no tratado de paz com Israel, na devolução do Sinai ao Egito, foi oferecido por Israel devolver Gaza também e os egípcios não quiseram porque chamaram de terra sem lei e o pior lugar do mundo para se viver.
Por que paises fortes e com um território gigantesco como Arábia Saudita, Jordânia, Irã e outros não tão grandes, mas muito ricos, como Kweit, Emirados Árabes ou Catar não nos recebem de braços abertos? Preferem somente financiar atentados terroristas e mandar todo seu dinheiro para lideres palestinos terroristas e que não pensam no bem estar da população, mas somente em enriquecimento próprio e incentivo ao ódio e intolerância?
Por isso, meus amigos, escrevo esta mensagem. Sei que esta carta não vai fazer nenhum dos dois lados pararem com o atual conflito e muito menos mudar o pensamento dos lideres que hoje determinam o rumo do meu povo palestino, mas se servir para fazer o povo brasileiro pensar nisso e entender que não precisamos importar um conflito que não serve pra nada aqui e também para que todos vocês realmente entendam quem são os principais responsáveis pela matança generalizada que ocorre atualmente em Gaza, fico feliz.
Israel não é culpado, esta se defendendo dos irresponsáveis lideres terroristas palestinos que diariamente ataca nosso vizinho com seus nada caseiros foguetes para depois se esconderem atrás de mulheres e crianças, colocando toda a culpa nos israelenses, enquanto esses terroristas que infelizmente também são palestinos covardemente se escondem em áreas altamente populosas para causar ainda mais mortes e ganharem fotos sensacionalistas nos jornais do mundo todo.
O povo palestino também não é culpado, o povo palestino, tirando esses terroristas que são minoria quer a paz, quer o convívio pacifico com Israel e com os judeus. Quer uma vida digna e viver em seu território chamando-o de lar, sem precisar fugir para qualquer outro país maravilhoso como o Brasil como eu fiz, pois a Palestina é o melhor lugar para viver um palestino.
Pensem nisso antes de escolher algum lado no conflito, mas acima de tudo, escolham o lado da paz, da tolerância e do respeito com quem quer que seja.
Grato,
Achmed Assef
achmedassef@gmail.com
Amigos,
Meu nome é Achmed Assef, sou palestino e vivo no Brasil atualmente.
Desde que iniciou novamente os conflitos no Oriente Médio, não se fala em outra coisa a não ser nesta guerra infeliz que tanto vem fazendo vitimas dos dois lados.
Nasci na Palestina, um pais que ainda não existe oficialmente e quando a situação ficou insustentável para minha família, tivemos o feliz e sagrado convite de um amigo de meus pais a virmos ao Brasil, e desde meus 5 anos de idade, moro neste lindo pais acolhedor.
Quando digo que a situação na Palestina ficou insustentável, não estou me referindo aos inúmeros conflitos com o exercito de Israel ou os religiosos judeus que mantinham suas casas lindas em território palestino, e que hoje essas mesmas casas foram tomadas a força pelos terroristas, mas sim de uma insustentabilidade provocada pelos próprios "governantes" palestinos em todos esses anos.
Para quem está no Brasil ou qualquer outro lugar do mundo, na segurança de seu lar e de sua vizinhança não vai conseguir imaginar nunca o que é viver em Gaza. Somente de lembrar minha breve infância nas cidades em que vivi, me da aperto no coração e vontade de chorar, porem, ninguém que esta no conforto de seus lares também recebendo milhares de informações, fotos e noticias do atual conflito pode imaginar também o que é sentir-se traído por aqueles que se intitulam lideres palestinos.
Os lideres palestinos nunca quiseram um Estado. E eu posso falar isso em alto e bom tom, porque é uma verdade. Se quisesse teriam criado antes de 1948, quando ainda não existia o Estado de Israel, se quisessem o teriam feito em 48 também quando a ONU decidiu pela criação de dois Estados, mas nossos grandes Líderes preferiram incitar o povo a violência de lutar contra os judeus do local a fazer lobby por um Estado palestino viável.
Não quiseram também os lideres palestinos quando os territórios, chamados "ocupados por Israel" e que hoje estão em sua grande maioria em nosso domínio, criar um Estado palestino. O que dizer então da mais recente escalada de violência, quando ocorreu a segunda intifada causada pelo grande líder Arafat que em 2000 rejeitou o melhor acordo de paz de todos os tempos propostos pelo premie israelense Ehud Barak e mais uma vez incitou o povo palestino a violência e a brutalidade através de homens-bomba, enquanto a família do Sr. Arafat vivia com regalias, mordomias e riquezas em Paris, tudo fruto de doações dignas estrangeiras mas que nunca chegaram ao povo sofrido da Palestina.
Ao invés de comprar comida, água, remédios e oferecer uma vida digna e boa ao povo palestino, nossos lideres preferiram o caminho da violência, da brutalidade e da estupidez de promover o ódio e a discriminação contra o povo judeu, que se não são anjos, também não são demônios como pregam nossos lideres.
As mesmas crianças que hoje morrem inocentemente no colo de suas mães, são as mesmas que recebem a criação e educação militar desde cedo a odiar Israel e o povo judeu, sabendo atirar com armas pesadas com menos de 5 anos de idade e ainda recebem a lavagem cerebral de se tornarem mártires explodindo-se para causar ainda mais vitimas do outro lado.
Os lideres palestinos não possuem nenhum sentimento humanitário como se espera para uma população cansada e calejada de sofrimento. Pois se tivessem, não mandariam para o suicídio seus parentes e suas crianças, enquanto esses covardes assassinos escondem-se em outros paises ou ate mesmo utilizando escudos humanos dentro da população civil, como vemos hoje na faixa de Gaza.
O Hamas, que há muito tempo vem promovendo barbáries dentro e fora de Gaza, desde que em seu único ato inteligente na historia, transformou-se em partido político somente para dar legitimidade ao seu terrorismo praticado diariamente nas ruas de Gaza, matou, perseguiu, torturou e aniquilou todos os "inimigos" do Fatah, o partido moderado que hoje é representado pelo incapaz Mahmoud Abbas.
Senhores, como pode um grupo terrorista, dizendo-se líder do povo palestino matar nossos irmãos? Como entender que eles não estão defendendo nosso povo, mas sim seus próprios ideais que não refletem a opinião da maioria desse meu povo palestino? Matar palestinos somente porque não concordam com seus atos e idéias é arcaico e acima de tudo terrorista. Sobrou a Cisjordânia para o Fatah e que se não tomarem cuidado, servira de base para mais atos de violência dos terroristas do Hamas.
Vocês podem argumentar que os terroristas do Hamas praticam atos sociais e de solidariedade, mas não acreditem em tudo que vêem na mídia e muito menos em tudo que ouvem. Para que vocês consigam compreender, faço uma analogia com os traficantes no Rio de Janeiro, pois é legitimo o que eles fazem? Aliciar crianças inocentes para o trafico de drogas, colocando armas pesadas em suas mãos? Acredito que não, mesmo que os traficantes promovam atos sociais e atos solidários com os moradores dos morros onde estão alojados. Continuam desrespeitando o direito de crianças crescerem com educação saudável e não para a guerra, como os terroristas do Hamas fazem hoje.
Amigos brasileiros que tanto respeito e tanto quero bem, faço um apelo como palestino, como muçulmano, mas acima de tudo como um ser humano que não agüenta mais ver a ignorância e a falta de conhecimento por parte de muitas pessoas neste lindo Brasil:
Parem de atacar Israel, parem de atacar os judeus e também parem de achar que o povo palestino é somente de terroristas. Há muita gente boa, inocente e que não quer mais conflitos com os israelenses e não os odeiam, assim como não odeiam os americanos.
Muita gente la, incluindo minha família está cansada de tanta dor e sofrimento e sabemos que devemos ter uma convivência pacifica com Israel, afinal, é de Israel que vem nossa água, nossa comida, nosso trabalho e nosso dinheiro.
Israel inclusive nos oferece ajuda militar sabiam? Quando houve acordo com a Autoridade Palestina no governo de Arafat, a policia de Israel treinou muitos de nossos homens que não queriam envolvimento com o conflito para que pudessem trabalhar na ordem de nossas cidades. Israel ofereceu treinamento para seus supostos inimigos, inclusive com armamento para que tivéssemos nossa própria segurança.
Terroristas que tentaram e não conseguiram se explodir nas cidades de Israel, receberam atendimento medico nos hospitais israelenses!! E muitas das escolas em Israel promovem a educação igualitária com alunos palestinos e judeus, convivendo em perfeita harmonia e recebendo educação sadia e de respeito ao próximo. Diferentemente do que acontece em Gaza, por exemplo.
Se nossos lideres não fossem tão burros e estúpidos, nosso povo sofrido não teria mais o que reclamar, pois em Israel estão as maiores oportunidades para um palestino que vive em gaza ou Cisjordânia e quem tem um mínimo de inteligência la sabe que não vai conseguir nunca varrer Israel do mapa ou exterminar todos os judeus, como apregoam certos lideres maníacos do nosso lado.
Quanto ganharíamos se estivéssemos do lado de Israel e dos judeus? Por que aqui no Brasil a convivência entre os dois povos sempre foi motivo de orgulho e quando estamos em sociedade ganhamos em tudo?
Meu tio recebeu visto de trabalho em Israel. Todos os dias levantava cedo e ia trabalhar em Israel e voltava de noite para sua casa em Gaza. Quando o Hamas tomou o poder à força e iniciou seus diários ataques as cidades israelenses, meu tio perdeu o emprego e a fronteira foi fechada. A culpa é de Israel? Do meu tio que nunca odiou os judeus? Não, a culpa é dos terroristas do Hamas. Meu tio hoje continua não odiando os israelenses nem os judeus. Vive na Síria, onde a situação não é das melhores, mas la não ha. grupos terroristas como o Hamas ou o Hezballah que somente acabam com a vida dos cidadãos de bem.
O povo palestino foi expulso de diversos paises chamados "amigos dos palestinos", incluindo Jordânia, Líbano, Síria e Líbia. O Egito fecha sua fronteira com Gaza porque não nos querem por la, inclusive no tratado de paz com Israel, na devolução do Sinai ao Egito, foi oferecido por Israel devolver Gaza também e os egípcios não quiseram porque chamaram de terra sem lei e o pior lugar do mundo para se viver.
Por que paises fortes e com um território gigantesco como Arábia Saudita, Jordânia, Irã e outros não tão grandes, mas muito ricos, como Kweit, Emirados Árabes ou Catar não nos recebem de braços abertos? Preferem somente financiar atentados terroristas e mandar todo seu dinheiro para lideres palestinos terroristas e que não pensam no bem estar da população, mas somente em enriquecimento próprio e incentivo ao ódio e intolerância?
Por isso, meus amigos, escrevo esta mensagem. Sei que esta carta não vai fazer nenhum dos dois lados pararem com o atual conflito e muito menos mudar o pensamento dos lideres que hoje determinam o rumo do meu povo palestino, mas se servir para fazer o povo brasileiro pensar nisso e entender que não precisamos importar um conflito que não serve pra nada aqui e também para que todos vocês realmente entendam quem são os principais responsáveis pela matança generalizada que ocorre atualmente em Gaza, fico feliz.
Israel não é culpado, esta se defendendo dos irresponsáveis lideres terroristas palestinos que diariamente ataca nosso vizinho com seus nada caseiros foguetes para depois se esconderem atrás de mulheres e crianças, colocando toda a culpa nos israelenses, enquanto esses terroristas que infelizmente também são palestinos covardemente se escondem em áreas altamente populosas para causar ainda mais mortes e ganharem fotos sensacionalistas nos jornais do mundo todo.
O povo palestino também não é culpado, o povo palestino, tirando esses terroristas que são minoria quer a paz, quer o convívio pacifico com Israel e com os judeus. Quer uma vida digna e viver em seu território chamando-o de lar, sem precisar fugir para qualquer outro país maravilhoso como o Brasil como eu fiz, pois a Palestina é o melhor lugar para viver um palestino.
Pensem nisso antes de escolher algum lado no conflito, mas acima de tudo, escolham o lado da paz, da tolerância e do respeito com quem quer que seja.
Grato,
Achmed Assef
achmedassef@gmail.com
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sábado, 17 de novembro de 2012
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sexta-feira, 16 de novembro de 2012
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012
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segunda-feira, 12 de novembro de 2012
domingo, 4 de novembro de 2012
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sábado, 3 de novembro de 2012
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sexta-feira, 2 de novembro de 2012
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
O PT como sintoma da moralidade dos nossos tempos
Fonte: http://cavaleiroconde.blogspot.com.br/2012/10/o-pt-como-sintoma-da-moralidade-dos.html
A vitória de Haddad em São Paulo é um
pequeno microcosmo moral de um novo tempo político. Um tempo onde a verdadeira
moralidade é substituída pelo compromisso mafioso de uma quadrilha de
bandoleiros, escroques e ladrões públicos da pior espécie. Um tempo onde o bem comum e a
coisa pública são desfigurados para se transformar na vontade absoluta e
despótica do Partido-Estado. Um tempo
onde a fraude, a usurpação, a criminalidade, a mentira e alienação se tornam altas
expressões de senso ético e intelectual do país. O povo é convidado e induzido a colaborar
com a inversão moral, elevada a regra comum de vida. Em suma, o Brasil está dominado por um câncer político
que corrói o corpo, a alma e as instituições do país.
O PT como sintoma da moralidade dos nossos tempos
A despeito do julgamento do mensalão
pelo STF e da condenação dos réus José Dirceu, José Genoíno, Marcos
Valério,
Delúbio Soares, membros da alta cúpula do PT, pelos crimes de corrupção,
peculato,
lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, o povo brasileiro revela
uma
indiferença cínica para um escândalo político de
graves proporções. A indiferença, em alguns casos, vira
cumplicidade com o crime. As campanhas eleitorais e o seus resultados
aparentes retratam um problema sério de colaboração do povo com
a ilegalidade. Se for muito, no mínimo, para a estupidez. . .
Dentro desta crise moral, Lula permanece incólume
como um símbolo político. O homem que mais se beneficiou com o mensalão - e foi
seu chefe-mor - apareceu ao lado de vários candidatos a prefeito nas
capitais brasileiras. O ex-presidente pode indicar um macaco, um bonifrate ou
um poste mijado como Fernando Haddad para prefeitura de São Paulo. Pode chamar até seus eleitores de idiotas, ao afirmar que o
povão está mais preocupado com a partida do Palmeiras do que com as trapaças do
mensalão. Não importa, a gente bovina vota. Se a imagem de Lula arrecada votos,
ao invés de espantá-los, é porque o povo médio se rebaixou a um nível tal de
indignidade moral, que nem merece ser comparado à gente honesta. Merece ser
chamado de uma turba de delinquentes.
Entretanto, essa delinquência
contaminou praticamente todas as esferas políticas e sociais da nação. Não há
uma oposição que ouse criticar o governo petista, seja na imagem de Lula ou de
Dilma Rousseff. Como não há nada de espantoso que o PSDB em São Paulo perca as eleições
municipais. Os tucanos nunca foram autênticos opositores. Na pior das
hipóteses, acabaram se tornando aliados do status quo. As agendas políticas, com
algumas adaptações, são praticamente as mesmas. Se alguém quiser acusar o
ex-ministro da educação Fernando Haddad de patrocinar o chamado “kit-gay” nas
escolas, não há diferença com relação a Serra, que também banca o mesmo
material pornográfico para crianças. Qual candidato é anti-cotas raciais? Qual
grupo político é contra o casamento homossexual, aborto e toda a cartilha da
agendinha politicamente correta? Qual candidato critica abertamente o
aparelhamento do Estado pela engrenagem petista? Qual candidato é defensor da livre empresa contra o estatismo?
Quando o PSDB não representa a outra face da
mesma moeda socialista, vende o discurso de um partido tecnocrata, preocupado
mais com números e resultados do que com conjunturas políticas. Um exemplo
clássico disso é o que se viu aqui nas eleições de Belém. Edmilson Rodrigues
do PSOL, aliado de Lula e Dilma Rousseff, não poupou esforços em caluniar o seu
rival, o candidato tucano Zenaldo Coutinho. Do outro lado, contudo, há um bom
mocismo que chega a ser irritante. Não há propósito ideológico ou político
claro, mas tão somente um insosso discurso administrativista, querendo
conciliar gregos e troianos. Por mais que o PSDB tenha conquistado a prefeitura
de Belém, o fato em si é que aqui também não há oposição ao governo
federal. Ou melhor, os tucanos já dizem que vão negociar com a União. Em nome
do pragmatismo, uma certa ala tucana quer ser mais esquerdista do que os próprios petistas. Quer
ser amiguinha de Lula e Dilma Rousseff.
Se Lula serve de vitrine para o PT e,
em alguns casos, para o PSOL, os tucanos e demais rivais políticos morrem de
medo de manchar a reputação do ícone do pau oco. Na prática, os próprios tucanos
ajudaram a criar a mitificação de Lula. Com exceção de artigos ou vozes
isoladas publicadas na imprensa ou na internet, o lulismo acabou virando expressão de
santidade, de infalibilidade, de referência, ainda que por trás da imagem, promova
a podridão a falcatruas e a corrupção mais descarada na república. O petismo
conseguiu algo mais além: corrompeu as instituições e o próprio credo do povo
na moralidade e na decência. Transformou a mentira, a falsificação, a
desonestidade em hábitos aceitáveis, costumes louváveis, quando os fins são os
propósitos políticos e econômicos escusos.
Não se pode ignorar: o PT não age
sozinho. A imprensa, a universidade e o sistema educacional brasileiro,
controlados pelos socialistas e comunistas, têm sólida colaboração para a
degeneração moral.
Alguns medalhões professores da USP e
da PUC assinaram seu manifesto pró-Haddad. Curiosa prática: na
época de Stálin,
era comum que intelectuais assinassem manifesto para caluniar
dissidentes, esmagar oposições políticas ou defender as práticas
criminosas do totalitarismo soviético. Porém, os socialistas e
comunistas de hoje
não perdem o cacoete de rebanho. Colaboram com um manifesto para
defender o
pior ministro da educação do país, um sujeito, cujo trabalho acadêmico e
universitário doutoral de maior relevância foi promover justamente a
ditadura soviética. Não há de se espantar: professores e
educadores são cúmplices na queda de qualidade da educação brasileira.
Transformaram-na tão somente numa engrenagem de expansão da ideologia do
partido onipotente e totalitarista. Daí os números vergonhosos na
educação brasileira.
Daí colaborarem com o ex-ministro patrocinador do analfabetismo
funcional nas escolas e
universidades e do kit-gay.
A dublê de filósofa Marilena Chauí defendeu o atual aliado de ocasião do PT à Prefeitura de São Paulo, Paulo
Maluf. Outrora criatura odiada das esquerdas, ele foi lembrado como "excelente administrador" e "engenheiro". Espantosa
explanação: a filosofastra da USP acusa São Paulo de ser “protofascista” e se
alinha em declarações chorosas a um dos maiores espantalhos do regime militar e da
corrupção em São Paulo.
A enlouquecida uspiana soltou outra pérola, em defesa da candidatura Haddad: “Haddad é a resposta da civilização contra a barbárie!”. Os uspianos da FFLCH têm a fama de maconheiros e desordeiros. Será que Chauí não deve puxar uma, para falar tamanha insanidade? As opiniões dela não valem uma noite de programa das prostitutas da Rua Augusta. Se bem que o governo deve pagar muito bem por cada sandice escrita ou emitida por ela!
A enlouquecida uspiana soltou outra pérola, em defesa da candidatura Haddad: “Haddad é a resposta da civilização contra a barbárie!”. Os uspianos da FFLCH têm a fama de maconheiros e desordeiros. Será que Chauí não deve puxar uma, para falar tamanha insanidade? As opiniões dela não valem uma noite de programa das prostitutas da Rua Augusta. Se bem que o governo deve pagar muito bem por cada sandice escrita ou emitida por ela!
Alguns juristas também
entraram na farsa lulo-petista-stalinista. Assinaram outro manifesto para
defender o poste mijado de Lula. Eis um trecho da pilhéia: “Como solução para os problemas
em áreas sensíveis para o povo, como saúde, educação, transporte e moradia,
Serra representa mais do mesmo: submissão aos interesses do mercado
imobiliário, políticas higienistas, privatizações (disfarçadas sob as Parcerias
Público-Privadas e as Organizações Sociais) e recrudescimento da violência
policial contra os pobres e os movimentos sociais”.
Curiosa análise sobre as privatizações. Não se está falando de gente imbecil, mas de pessoas que estudam as leis. A “privatização” é uma palavra maldita para eles, embora, na prática, não há privatização propriamente dita, mas concessões públicas do Estado para determinados serviços realizados pela iniciativa privada. Obviamente ninguém toca no Prouni, um processo de expansão das universidades privadas pelo Estado. O Sr. Haddad expandiu, como nunca, as bibocas universitárias, para criar uma geração de bacharéis semiletrados. Ainda que a maioria das faculdades do Prouni não tenha as mínimas condições para funcionar e simplesmente uma parte assustadora seja reprovada pelo MEC, Haddad financiou educação de má qualidade no ensino superior, torrando dinheiro público em estabelcimentos de ensino que jamais sobreviveriam sem a mamata estatal. Dilma Rousseff também ameaçou privatizar os portos e aeroportos. Porém, ninguém toca no assunto.
Curiosa análise sobre as privatizações. Não se está falando de gente imbecil, mas de pessoas que estudam as leis. A “privatização” é uma palavra maldita para eles, embora, na prática, não há privatização propriamente dita, mas concessões públicas do Estado para determinados serviços realizados pela iniciativa privada. Obviamente ninguém toca no Prouni, um processo de expansão das universidades privadas pelo Estado. O Sr. Haddad expandiu, como nunca, as bibocas universitárias, para criar uma geração de bacharéis semiletrados. Ainda que a maioria das faculdades do Prouni não tenha as mínimas condições para funcionar e simplesmente uma parte assustadora seja reprovada pelo MEC, Haddad financiou educação de má qualidade no ensino superior, torrando dinheiro público em estabelcimentos de ensino que jamais sobreviveriam sem a mamata estatal. Dilma Rousseff também ameaçou privatizar os portos e aeroportos. Porém, ninguém toca no assunto.
Privatização
é “maldita” quando são para os outros. Quando a própria esquerda prega
“parceria-público-privada”, uma onda insaciável de corrupção exala no ar. Os
amiguinhos do rei se tornam donos privados da coisa pública e nenhum professor
esquerdista de direito da USP se escandaliza com isso. Ou melhor, joga tudo por
debaixo do tapete e quem sabe, pode virar até secretário ou ministro do governo.
Outra professora uspiana, a socióloga Amália
Cohn, cuja mensagem foi publicada na Carta Maior, em ato público na USP de
apoio a Haddad, emite as seguintes palavras: "São modos de governar radicalmente distintos. Uma,
tecnocrática e se reduz a uma questão contábil, outra de transformação
civilizada e apropriação do espaço público". Neste
ponto,
ela tem razão. A prefeitura Haddad será a apropriação “civilizada” do
espaço
público pelo PT. É a corrupção civilizada e justificada através de
eleições, onde o bem público se torna propriedade privada da camarilha
do partido! Não
custa nada falar: gente como Chauí,
Amália Cohn et caterva da USP demonstram essa
“apropriação!, embora nada "civilizada” do espaço público. A redução completa da
universidade e da sociedade civil aos caprichos e abusos do partido-Estado
totalitário.
Até a Teologia da Empulhação se manifestou a
favor do poste mijado. Os católicos fajutos, apóstatas e comunistas assinaram o
manifesto pró-Haddad, através da Pastoral da Juventude. Os bandidinhos
papa-hóstias ainda falam em nome da “doutrina social da Igreja”. Ao que parece,
os iletrados leigos e clericais não leram as encíclicas papais de Leão XIII,
Pio X, Pio XI e Pio XII, que inclusive, excomungam católicos que votam no
comunistas. Ou se leram, ignoram frontalmente, pelas encíclicas da igrejola do
PT. A esquerda católica transforma a religião num grande circo político para
agradar canalizar votos aos petistas A farsa, lamentavelmente, não se restringe apenas à esquerda católica. O
charlatão Gabriel Chalita não fez teatrinho da Santa Missa, levando o ateu pró-soviético
Haddad pra rezar? Onde estava o arcebispo de São Paulo e cardeal Dom Odilo
Scherer para protestar contra esse sacrilégio caricatural da liturgia católica?
O insígne eclesiástico tem má fama de
boicotar movimentos católicos conservadores e idôneos. Por sua obra, os
militantes pró-vida
foram sutilmente impedidos de se manifestar na Sé em protesto contra a
legalização do aborto. No
entanto, os militantes da Teologia da Libertação tiveram passe livre
para fazer
suas politicagens pró-comunistas na mesma catedral. As
declarações severas de Bento XVI sobre a Teologia da Libertação são
solenemente ignoradas na outra margem do Atlântico. . .
Scherer fez um pequeno pronunciamento
contra Celso Russomano e os escroques da Igreja Universal. Porém, o resto foi
só silêncio quando os dois candidatos, do PSDB e do PT, patrocinaram
abertamente a agenda homossexual nas escolas. Será que o ilustre cardeal só
protestou contra Celso Russomano para incrementar a campanha de Fernando
Haddad? A resposta está ainda no ar, incomodando as consciências
verdadeiramente católicas.
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domingo, 28 de outubro de 2012
"Ser conservador é não ser jamais o portador de um futuro radiante"
Fonte: http://www.olavodecarvalho.org/textos/0801entrevista.html
"Ser conservador é
não ser jamais o portador de um futuro radiante"
Em 2007, quando comecei a colaborar com a revista Atlântico,
de Lisboa, fiz uma lista de pessoas do Brasil que eu gostaria de
apresentar aos portugueses leitores da revista. Era uma forma de
restabelecer uma aproximação cultural entre os dois
países que não se limitasse à esfera diplomática
e governamental.
O primeiro entrevistado foi Diogo Mainardi. O segundo, Reinaldo Azevedo. O terceiro, Olavo de Carvalho, cuja conversa, feita por e-mail, reproduzo hoje integralmente. Por questões de espaço, a revista publicou uma parte pequena, embora substancial, da entrevista (o quarto entrevistado foi Nelson Ascher). Antes, porém, algumas considerações.
Considero Olavo um dos grandes responsáveis por reabrir na imprensa e na vida intelectual um espaço de debate que no Brasil já era tido como morto, enterrado, goodbye, so long, farewell. Foi nos anos de 1990 que o filósofo brasileiro inaugurou uma nova fase na filosofia e na discussão político-cultural em Terras de Vera Cruz.
Sua faceta notavelmente provocadora é apenas uma das pontas de um trabalho criativo de pesquisa e reflexão que não vejo similar no âmbito do debate público. Ao lançar obras filosóficas da envergadura de Aristóteles em nova perspectiva e O Jardim das Aflições. De Epicuro à Ressurreição de César, entre outras, imprimiu no pensamento filosófico brasileiro um rumo completamente diverso da dominação doutrinária impingida pelos autoproclamados filósofos que eram (e são), apenas, professores universitários ligados à esquerda, de forma consciente ou não. No Brasil, a revolução gramsciana foi tão bem executada na educação, artes e meios de comunicação que a maior parte da população assimilou o espírito degenerado do esquerdismo sem sequer saber que fora estrategicamente convertida em inocente útil da causa.
Mediante aulas, cursos e divulgação de idéias pelos jornais, revistas, site e talkradio (www.olavodecarvalho.org), Olavo segue com seu trabalho abnegado de construir um pensamento original e tentar formar uma elite intelectual. Uma rápida googlada dá uma idéia, embora pálida, do efeito explosivo que esse trabalho vem provocando desde a década de 1990. Aos 60 anos, o filósofo mora com a família desde 2005 em Richmond, Estados Unidos, onde desenvolve seus estudos, principalmente, sobre a mente revolucionária e a paralaxe cognitiva, e trabalha como colunista do Diário do Commércio (SP) e Jornal do Brasil.
Olavo aceitou gentilmente responder algumas perguntas para a revista Atlântico, respostas essas que divido com vocês, não sem antes fazer um agradecimento especial à Roxane Andrade, mulher do filósofo, pessoa extraordinária e gentil que tenho a honra de ter como amiga. À entrevista:
O que é e há quanto tempo, Olavo, você desenvolve os estudos sobre a mentalidade revolucionária?
É uma longa história. Esse estudo surgiu da confluência mais ou menos acidental de duas investigações independentes que eu vinha desenvolvendo desde os anos 80. A primeira diz respeito às definições de direita e esquerda. Por um lado, havia uma tendência, na mídia e nos debates públicos em geral, de minimizar ou até negar explicitamente a diferença entre direita e esquerda. Essa tendência tornou-se ainda mais forte depois da queda da URSS. Por outro lado, a esquerda assumia cada vez mais orgulhosamente sua identidade de esquerda, ao mesmo tempo em que a sua influência política se tornava cada vez mais dominante. A direita, por seu lado, se encolhia numa timidez abjeta, negando sua própria existência, escondendo-se sob o rótulo de "centro" e copiando cada vez mais o vocabulário e a forma mentis da esquerda. Era claro que aí havia um problema, principalmente porque os mais obstinados negadores da diferença entre esquerda e direita eram provenientes da direita. O problema colocava-se portanto em dois níveis. Primeiro, o empenho de dissolver as diferenças entre dois discursos ideológicos não impedia que pelo menos uma das forças políticas correspondentes continuasse existindo historicamente como força atuante e perfeitamente identificável. Segundo: se a negação da diferença tencionava esvaziar a esquerda, diluindo a força atrativa do comunismo num vago e inofensivo "progressismo", foi a própria direita que por meio desse artifício acabou se tornando vaga e inofensiva. Se era assim, era claro que havia um desnível entre a discussão pública e as forças políticas reais por baixo dela. A pergunta que surgia era: Em que consistem a direita e a esquerda como forças históricas objetivas, para além de seus respectivos discursos de autodefinição ideológica? Logo tornou-se claro que era impossível definir direita e esquerda em função de seus objetivos proclamados, que não só eram mutáveis, mas intercambiáveis.
E o que fez para avançar na investigação?
A idéia que me ocorreu então foi atacar o problema num nível mais profundo, buscando diferenças estruturais de percepção da realidade, das quais os sucessivos discursos historicamente registrados como de direita e esquerda pudessem se desenvolver com toda a sua variedade interna alucinante, sem prejuízo das estruturas básicas. Se eu conseguisse descobrir essas duas estruturas permanentes, a direita e a esquerda estariam delineadas por diferenças objetivas para muito além do horizonte de consciência dos indivíduos e organizações que personificavam essas correntes. Descobri várias dessas diferenças. A principal é a diferença na percepção do tempo histórico. A esquerda – toda a esquerda, sem exceção – enxerga o tempo histórico às avessas: supõe um futuro hipotético e o toma como premissa fundante da compreensão do passado. Em seguida, usa essa inversão como princípio legitimador das suas ações no presente. Como o futuro hipotético permanece sempre futuro, e por isso mesmo sempre hipotético, toda certeza alegada pelo movimento esquerdista num dado momento pode ser mudada ou invertida no momento seguinte, sem prejuízo, seja da continuidade do movimento, seja do sentimento de coerência por baixo das mais alucinantes incoerências.
Somando a isso a descoberta de Jules Monnerot de que a cada geração é a esquerda quem aponta e delimita a direita, nomeando como tal aqueles que lhe resistem, a direita aparecia portanto como o conjunto daqueles que, por mil motivos variados, resistem à inversão da razão histórica. Podem fazê-lo, por exemplo, por ser cristãos e acreditar que o "fim da história" é uma passagem para a eternidade e não um capítulo da história profana. Mas podem fazê-lo também por ser ateus de mentalidade científica que preferem moldar as hipóteses segundo os fatos e não alterar os fatos conforme as hipóteses. A segunda investigação foi da "paralaxe cognitiva".
O que é a paralaxe cognitiva?
Assim denomino o deslocamento, às vezes radical, entre o eixo da construção teórica de um pensador e o eixo da sua experiência humana real, tal como ele mesmo a relata ou tal como a conhecemos por outras fontes fidedignas. Raro e excepcional na antigüidade e na Idade Média, esse deslocamento começa a aparecer com freqüência cada vez mais notável a partir do século XVI, dando a algumas das filosofias modernas a aparência cômica de gesticulações sonambúlicas totalmente alheias ao ambiente real em que se desenvolvem. Um exemplo claro é a teoria de Kant sobre a incognoscibilidade da "coisa em si". Se não conhecemos a substância das coisas materiais, mas somente a sua aparência fenomênica, que esperança podemos ter de atingir um dia, a partir de indícios materiais, isto é, letras impressas numa folha de papel, a substância da filosofia de Immanuel Kant? Certamente o filósofo de Koenigsberg não se contentaria se apreendêssemos somente a aparência fenomênica da sua filosofia, a qual filosofia, nesse sentido, é radicalmente incompatível com o ato de escrever livros – e olhem que Kant os escreveu em profusão. Por mais coerente que seja consigo mesma, a filosofia de Kant é incoerente com a sua própria existência de obra publicada.
Outro exemplo: Karl Marx diz que só o proletariado pode apreender o movimento real da história, porque as classes que o precedem vivem aprisionadas na fantasia subjetiva das suas respectivas ideologias de classe. Mas, se é assim, por que o primeiro a perceber isso e a apreender o movimento alegadamente real da história foi o próprio Karl Marx, que não era proletário, não tinha nenhuma experiência da vida proletária e até a idade madura só conhecia os proletários por meio de leituras? Ou a ideologia de classe é inerente à posição social real do sujeito, ou é de livre escolha independentemente da posição social, mas neste último caso não é ideologia de classe de maneira alguma e sim apenas ideologia pessoal projetada ex post facto sobre uma classe, também de livre escolha. Os exemplos desse tipo são tantos que não espero jamais poder chegar a recensear senão uma amostragem ínfima deles. Inevitavelmente, a semelhança estrutural entre a paralaxe cognitiva e a inversão do tempo tinha de se tornar clara um dia, por mais lerda que fosse a minha cabeça.
Como conseguiu?
Substituí, no meu estudo, os termos "esquerda" e "direita" pelos de "revolução" e "reação". Daí para diante, foi ficando cada vez mais evidente para mim a unidade histórica do movimento revolucionário desde as rebeliões messiânicas estudadas por Norman Cohn em The Pursuit of the Millennium até o Fórum Social Mundial. E aí foi que se tornou também claro, mesmo para o meu cérebro cansado e obscurecido, o centro da confusão entre os termos direita e esquerda – porque muitos movimentos tidos popularmente como "de direita" operavam, de fato, na clave revolucionária e não reacionária. De uma maneira ou de outra, esses movimentos acabavam jogando lenha na fogueira da revolução, e trabalhando, portanto, contra seus próprios ideais declarados. Captar e descrever a unidade do movimento revolucionário é desenhar claramente, perante os olhos dos homens "de direita", a verdadeira natureza do seu inimigo permanente. É desfazer uma infinidade de confusões catastróficas, que determinaram, ao longo do tempo, outras tantas políticas suicidas. Se eu conseguir lançar nesse matagal toda a claridade que pretendo, creio que terei feito alguma coisa de útil, pelo menos para dar a Nosso Senhor Jesus Cristo um pretexto que ele possa alegar em minha defesa no Juízo Final.
A partir de qual momento e o que o levou a desenvolver o estudo da paralaxe cognitiva?
É outra história comprida, que vou abreviar dizendo que foi sobretudo uma motivação de ordem moral. Erneste Renan dizia que não conseguia pensar se não tivesse a garantia de que suas idéias não teriam a menor conseqüência no mundo real. Essa atitude sempre me inspirou horror. A cada frase que eu dizia em aula, sempre me ocorriam as perguntas: Até que ponto eu acredito mesmo nisso? E que direito tenho eu de persuadir os outros de alguma coisa em que eu mesmo não sei se acredito ou não? Não sei quando me ocorreu a idéia de fazer essas perguntas não só a mim mesmo, mas aos filósofos que eu lia. René Descartes, por exemplo, jura que a seqüência das suas "Meditações de Filosofia Primeira" não é um mero raciocínio, mas o relato de uma experiência real. Examinando essa experiência, notei que ela era psicologicamente impossível, exceto como dedução hipotética. Ou seja: Descartes tomava como sua história interior real o que era apenas uma construção lógica, confundindo o seu eu pessoal histórico com o eu filosófico abstrato. Isso tinha a estrutura exata de um fingimento histérico ou, se levado às últimas conseqüências, de um delírio esquizofrênico. Creio ter demonstrado isso em duas apostilas que vocês podem ler no meu website. Não é estranho nesse sentido que, ao expor suas teorias sobre a estrutura do mundo físico, isto é, sobre aquilo que pode haver de menos subjetivo, sobretudo no próprio sentido cartesiano da res extensa, ele tenha escolhido fazê-lo sob a forma de uma obra de ficção, o "Tratado do Mundo". E isso justamente numa época em que o teatro como metáfora da realidade universal se tornava moda literária na Europa. A física de Descartes, afinal, era um conjunto de afirmações sobre a realidade objetiva, ou uma fantasia teatral? Descartes não o sabia, e eu muito menos.
À medida que fui descobrindo novos e novos exemplos desse fenômeno, acabei concluindo que quase toda a filosofia moderna se omitia de uma tomada de posição responsável que permitisse saber até que ponto seus criadores a levavam a sério como ciência objetiva ou apenas se deleitavam nela como num espetáculo de teatro. Quando chegamos a Nietzsche, a impossibilidade de decidir por uma coisa ou outra se torna total e invencível. Jamais saberemos "o que Nietzsche quis dizer precisamente", pois toda sua obra é um convite à indistinção entre fantasia e realidade.
Já o mesmo não se pode dizer da filosofia de um Leibniz, de um Schelling (na velhice ao menos), de um Husserl ou de um Eric Voegelin. Esses estão tentando falar mortalmente a sério, mesmo quando erram. A exploração dessa diferença é que resultou na tese da paralaxe cognitiva.
De que modo age social e politicamente o portador da mente revolucionária e de que forma é possível combatê-la?
A mentalidade revolucionária não é só inversão do tempo: é inversão das relações lógicas de sujeito e objeto, dos nexos de causa e efeito, da relação entre criminoso e vítima, etc. Uma boa parte do meu estudo é dedicado ao recenseamento dessas inversões, psicóticas no sentido clínico mais estrito do termo. Elas são a essência do movimento revolucionário, mas essa essência pode se manifestar sob uma impressionante variedade de formas. É por isso que o movimento revolucionário não pode ser definido nem pelo conteúdo concreto dos seus objetivos declarados a cada momento, nem pelo discurso ideológico com que os legitima. É preciso sempre buscar, sob a variedade dessas aparências, a resposta à pergunta: Tal ou qual movimento político ou cultural, nas circunstâncias precisas em que atua, impõe ou não impõe a seus militantes e simpatizantes aquele pacote de percepções invertidas? Se a resposta é "sim", então torna-se claro que se trata de um movimento inserido na corrente revolucionária. Se ele tem mais consciência ou menos consciência disso, é perfeitamente irrelevante para os resultados históricos objetivos que ele vai desencadear necessariamente por meio da inversão da consciência de populações inteiras.
Se o oposto de revolução é "reação" ou "conservadorismo", um reacionarismo ou conservadorismo consciente não atacará o movimento revolucionário apenas na superfície dos seus ideais proclamados ou da sua conduta política ostensiva, mas na base mesma, que é a inversão revolucionária da consciência e das consciências. Como todo movimento revolucionário se arroga o papel de representante do futuro, ele só responde perante o tribunal do futuro, mas como esse futuro, por definição, é móvel, o seu autonomeado representante no presente não tem jamais de responder perante ninguém. A mentalidade revolucionária é, na base, a reivindicação de uma autoridade ilimitada, de um poder divino. As pretensões explícitas de tal ou qual líder revolucionário podem até parecer modestas e sensatas na formulação verbal que ele lhes dê no momento, mas no fundo delas está sempre essa reivindicação, essa exigência implícita. Os movimentos revolucionários não criaram as grandes ditaduras genocidas do século XX por um desvio dos seus belos ideais ou por um acidente histórico qualquer. Eles as criaram por necessidade intrínseca da própria dialética revolucionária, que sempre terminará em totalitarismo sangrento, seja por um caminho, seja por outro caminho aparentemente inverso.
É nesse ponto, precisamente, que a mentalidade revolucionária tem de ser atacada de maneira implacável e incansável: ela é demência megalômana na sua essência mesma. Ela nunca pode produzir nada de bom. Ela é a mentira existencial mais vasta e profunda que já infectou a alma humana desde o início dos tempos. Ela é crime e maldade desde a sua raiz mesma – e é essa raiz que tem de ser cortada, não as ramificações mais aparentes apenas.
A boa notícia é que o movimento revolucionário não é uma constante na história humana. Ele apareceu numa dada civilização e num dado momento do tempo. Ele teve um começo e terá um fim. Apressar esse fim é o dever de todos os homens de bem.
Qual o reflexo do desenvolvimento da mentalidade revolucionária sem uma devida reação?
O principal e mais desastroso reflexo é que o próprio impulso conservador, um dos mais básicos e mais saudáveis da humanidade, acaba por não ter meios próprios de expressão e por copiar as estratégias e táticas revolucionárias, infectando-se da mentalidade que desejaria combater. Só para dar um exemplo, quando você rejeita alguma proposta revolucionária, logo lhe perguntam: "Mas o que você propõe em lugar disso?" Aí o conservador começa a inventar hipotéticas soluções conservadoras para todos os problemas humanos, e perde a autoridade da prudência, passando a discursar na clave psicótica das "propostas de sociedade". Ser conservador é não ter nenhuma proposta de sociedade, é aceitar que a própria sociedade presente vá encontrando pouco a pouco a solução para cada um dos seus males sem jamais perder de vista o fato de que, para cada novo mal que seja vencido, novos males aparecerão. Ser conservador é não ser jamais o portador de um futuro radiante, é ser o porta-voz da prudência e da sabedoria. Ser um conservador é saber que os limites da capacidade humana não desaparecerão só porque Lênin mandou ou porque Trotski disse que no socialismo cada varredor de rua será um novo Leonardo da Vinci.
Seus estudos mostram como operou a mentalidade revolucionária em Portugal?
Para responder a essa pergunta seria preciso sondar mais cuidadosamente o antigo regime. O salazarismo foi uma estranha mistura de conservadorismo cristão com elementos extraídos do fascismo, o qual é sem a menor sombra de dúvida uma ideologia revolucionária. A característica das ideologias revolucionárias é ter um "projeto de sociedade", em vez de respeitar a sociedade existente e tentar aperfeiçoá-la na medida modesta das possibilidades humanas e com a cautela que a prudência recomenda.
Qualquer nação que tenha se infectado profundamente da mentalidade revolucionária e tenha dado aos seus valores conservadores uma formulação política revolucionária corre o risco de estar sempre à mercê de novos projetos revolucionários, pelo simples fato de que perdeu de vista a noção de "ordem espontânea", que é a essência mesma da democracia e do conservadorismo. Que é ordem espontânea? É o conjunto de soluções aprendidas ao longo do tempo. É uma ordem espontânea porque não foi imposta por ninguém. É ordem porque tem um senso arraigado da própria integridade e rejeita instintivamente toda mudança radical. Mas é também aprendizado, isto é, absorção criativa das situações novas por um conjunto que permanece conscientemente idêntico a si mesmo ao longo dos tempos por meio de símbolos tradicionais constantemente readaptados para abranger novos significados.
Examinem bem e verão que ordem democrática é precisamente isso e nada mais. Se, ao contrário, um grupo imbuído do amor a valores tradicionais tenta deter a mudança, ele está introduzindo na ordem espontânea uma mudança tão radical quanto o grupo revolucionário que deseja virar tudo de pernas para o ar, pois o que esse alegado conservadorismo deseja é imortalizar no ar um momento estático de perfeição hipotética. Se esse momento, na imaginação dele, expressa os valores do passado, isso não vem ao caso, porque na prática política esse ideal será um "projeto de futuro" tanto quanto o ideal revolucionário. Uma sociedade só embarca no projeto revolucionário quando perdeu todo o respeito por si mesma. Um respeito que, entre outras coisas, implica o amor aos valores do passado como instrumentos de compreensão e ação no presente, não como símbolos estereotipados de uma perfeição ideal no céu das utopias.
E onde entra o salazarismo nesse história?
Não tenho a menor dúvida de que Antonio de Oliveira Salazar foi um homem honesto e um grande administrador. Mas o salazarismo foi infectado da mesma ambição de controle burocrático total que é característica do movimento revolucionário. Quatro décadas desse regime, e Portugal não tinha mais conservadores genuínos em número suficiente. Os poucos que havia fizeram um esforço heróico para dar à nação a verdadeira estabilidade democrática, mas a ânsia das soluções totais estava, por assim dizer, no ar — e, dissolvido o salazarismo, só quem podia tirar proveito dela era a esquerda.
Não desejo dar palpites na política interna de um país que da minha parte só merece aquele amor cheio de reverência que a gente tem por um avô navegante e guerreiro. Não levem a mal essa minha análise, que é só um esboço sem pretensões. Espero um dia poder estudar mais profundamente a história de Portugal e tirar um pouco das minhas dúvidas.
Há alguma particularidade sobre o que houve aqui?
Há algo de trágico na história de Portugal, pois os filósofos escolásticos portugueses foram os primeiros a compreender a verdadeira natureza do capitalismo, séculos antes de Adam Smith, mas, quando se inaugurou a temporada de caça aos escolásticos, com o iluminismo, ela não trouxe consigo a modernização capitalista, e sim um burocratismo centralizador sufocante. Por uma triste ironia, os adversários do centralismo pombalino eram os jesuítas, eles também revolucionários, que sonhavam com uma república socialista de índios na América do Sul. Posso estar enganado, mas o drama de Portugal é o mesmo de "A Montanha Mágica" de Thomas Mann: um jovem bom e promissor aprisionado entre dois falsos gurus: um iluminista autoritário com discurso modernizador e um jesuíta comunista.
E no Brasil?
O que em Portugal foi tragédia, no Brasil é uma palhaçada sangrenta. Se os portugueses têm uma consciência aguda da sua própria história e constantemente se interrogam sobre o seu passado, os brasileiros não conseguem se lembrar nem do que aconteceu quinze dias atrás, e não aprendem nada, absolutamente nada, com a experiência histórica. Mesmo porque não querem saber dela. Se não querem saber nem do presente, como vão entender o passado? O exemplo mais deprimente do desprezo brasileiro pelo conhecimento – e não digo do conhecimento superior, mas do simples conhecimento dos fatos da atualidade – foi a obstinada recusa geral de tomar ciência de um fenômeno chamado "Foro de São Paulo". Coordenação estratégica do movimento comunista no continente, reunindo em seu seio partidos legais em pé de igualdade com organizações de terroristas e narcotraficantes, o Foro é a mais poderosa organização política que já existiu na América Latina. Tudo o que todos os partidos de esquerda, armados e desarmados, fizeram ao longo dos últimos dezessete anos foi ali tramado e decidido. E durante esses dezessete anos toda a mídia brasileira, todo o establishment acadêmico, toda a classe política, todo o empresariado, todos os formadores de opinião se recusaram obstinadamente a ouvir falar do assunto. É um fenômeno inédito, único na história da estupidez universal. É claro que uma opinião pública formada sob a influência dessa casta de jumentos não pode ter nenhuma visão da realidade. Vive de sonhos, de desconversas, de tagarelice oca e dispersão de suas melhores energias em esforços vãos para resolver problemas não raro inexistentes, enquanto à sua volta o caos e a violência vão tomando conta de tudo e ninguém sequer se dá conta de que, através do Foro de São Paulo, os narcotraficantes e terroristas já estão no poder. A proposta revolucionária é, para o brasileiro de hoje em dia, o substitutivo completo e satisfatório da realidade. Nas últimas décadas, à medida mesma que aquela entidade invisível dominava o continente inteiro com seu segredo de Polichinelo, a cultura superior era totalmente destruída no Brasil, nossas crianças tiravam sempre os últimos lugares nos testes internacionais e a violência crescia até chegar aos cinqüenta mil homicídios por ano – mais ou menos duas guerras do Iraque. Já tive muita pena dos meus conterrâneos, agora não tenho mais. Eles fizeram uma opção preferencial pela ignorância. Seu sofrimento não é injusto.
Você tem sido um crítico do liberalismo e, concomitantemente, um defensor do conservadorismo. Esse conservadorismo que você defende é herança do moderno modelo inglês inaugurado por Edmund Burke?
Eu não diria só inglês, mas anglo-americano. A Inglaterra e os EUA foram os países do Ocidente que mais profundamente se impregnaram do sentimento de respeito pelas tradições, o qual no fim das contas é respeito pelo povo. É verdade que mesmo nesses dois países os planejadores alucinados de sociedades perfeitas estão tentando, e com freqüência conseguindo, destruir esse sentimento. Não sei em que medida os ingleses percebem o mal revolucionário que os vem acometendo nos últimos anos, mas os americanos estão acordadíssimos. Ainda que sem uma clareza suficiente quanto à unidade histórica do movimento revolucionário, os conservadores americanos sabem mais ou menos onde está o mal. E, o que é melhor ainda, pouquíssimos dentre eles se deixam levar pela tentação do que poderíamos chamar de "conservadorismo revolucionário". Eles nunca leram o brasileiro Jackson de Figueiredo, mas se o lessem endossariam com entusiasmo esta fórmula dele: "O de que precisamos não é uma contra-revolução. É o contrário de uma revolução".
Quais as principais virtudes do conservadorismo?
A autoconservação é a necessidade básica dos seres vivos. A própria capacidade de crescimento, desenvolvimento e adaptação a novas circunstâncias não é senão o instinto de autoconservação visto sob seu aspecto ativo e – nos seres humanos – criativo. Goethe dizia que aquele que sabe guardar, proteger e conservar terá sempre, no fim, a melhor parte. (Goethe é, aliás, um dos grandes pensadores do conservadorismo, tão grande quanto Burke. Shakespeare é outro, como também Dante, Balzac e Dostoievski.)
Veja um exemplo: quando você aprende uma língua, o que é mais importante, adquirir novas palavras ou conservar as velhas na memória? As novas só fazem sentido em função das velhas, mas estas são úteis em si mesmas, ainda que você não lhes acrescente mais nenhuma. Todo desenvolvimento deve buscar em primeiro lugar a conservação dos bens adquiridos, e só em segundo lugar a conquista de novos bens. Jean Fourastié observava que, se ao lado da história dos progressos do conhecimento fizéssemos também a história da ignorância, o recenseamento e reconquista dos conhecimentos perdidos, o progresso seria muito maior.
Para aumentar o patrimônio é preciso antes possuí-lo e conservá-lo. Antes de poder começar a desenvolver-se por sua própria iniciativa, uma criança tem de ser cuidada, protegida, conservada por vários anos. Assim também a sociedade. A riqueza e a cultura perdem-se com uma facilidade impressionante, e as perdas maiores ocorrem sobretudo quando das mutações revolucionárias. Não é coincidência que nenhum regime tenha conseguido matar de fome tanta gente — e com tanta velocidade — quanto os regimes revolucionários que alegam acabar com a fome. Para acabar com a fome, a condição número um é não fazer uma revolução, não destruir bens, não criar a desordem geral por meio da implantação forçada de uma nova ordem — mesmo que essa nova ordem seja nominalmente inspirada em valores tradicionais e conservadores. Por isso é que regimes como o fascismo ou o radicalismo islâmico não são de maneira nenhuma conservadores e sim revolucionários. Eles alegam valores aparentemente conservadores, mas buscam implantá-los por meio da mutação revolucionária que acaba por destruir esses valores.
O perdão, a tolerância, a paciência, a sabedoria e, sobretudo, o respeito pela fragilidade humana, tais são as virtudes em que se baseia o conservadorismo.
Lembro você ter escrito que, ao dialogar com alguns liberais, ao final da conversa constata que o sujeito é conservador com idéias liberais. Por quê isso acontece?
Isso nasce de um vício de linguagem. Como a mídia brasileira chama de "conservadores" os grupos de interesses sem nenhuma ideologia própria, o que é totalmente errado, a direita corrigiu um erro com outro erro, dizendo-se "liberal" em vez de conservadora. Da minha parte, uso sempre o termo liberalismo no seu sentido histórico de um capítulo do movimento revolucionário.
Às vezes, quando critico o liberalismo nesse sentido, alguns conservadores brasileiros acham que estou falando mal deles. O liberalismo, no sentido em que uso o termo, acredita que a liberdade é um princípio fundante da política, mas a liberdade é apenas uma regra formal, que, elevada à condição de princípio, resulta no esvaziamento relativista de todos os valores, fomentando a mutação revolucionária e a extinção da própria liberdade. A diferença entre princípio substantivo e regra formal é que o primeiro pode ter sua aplicação estendida indefinidamente sem levar a contradições, ao passo que a regra formal, se aplicada além de um certo limite, acaba por se negar a si mesma. A liberdade é uma regra formal porque ela sempre necessita de outras que a definam e não funciona fora delas. Os liberais — no sentido em que uso o termo — não entendem isso.
O primeiro entrevistado foi Diogo Mainardi. O segundo, Reinaldo Azevedo. O terceiro, Olavo de Carvalho, cuja conversa, feita por e-mail, reproduzo hoje integralmente. Por questões de espaço, a revista publicou uma parte pequena, embora substancial, da entrevista (o quarto entrevistado foi Nelson Ascher). Antes, porém, algumas considerações.
Considero Olavo um dos grandes responsáveis por reabrir na imprensa e na vida intelectual um espaço de debate que no Brasil já era tido como morto, enterrado, goodbye, so long, farewell. Foi nos anos de 1990 que o filósofo brasileiro inaugurou uma nova fase na filosofia e na discussão político-cultural em Terras de Vera Cruz.
Sua faceta notavelmente provocadora é apenas uma das pontas de um trabalho criativo de pesquisa e reflexão que não vejo similar no âmbito do debate público. Ao lançar obras filosóficas da envergadura de Aristóteles em nova perspectiva e O Jardim das Aflições. De Epicuro à Ressurreição de César, entre outras, imprimiu no pensamento filosófico brasileiro um rumo completamente diverso da dominação doutrinária impingida pelos autoproclamados filósofos que eram (e são), apenas, professores universitários ligados à esquerda, de forma consciente ou não. No Brasil, a revolução gramsciana foi tão bem executada na educação, artes e meios de comunicação que a maior parte da população assimilou o espírito degenerado do esquerdismo sem sequer saber que fora estrategicamente convertida em inocente útil da causa.
Mediante aulas, cursos e divulgação de idéias pelos jornais, revistas, site e talkradio (www.olavodecarvalho.org), Olavo segue com seu trabalho abnegado de construir um pensamento original e tentar formar uma elite intelectual. Uma rápida googlada dá uma idéia, embora pálida, do efeito explosivo que esse trabalho vem provocando desde a década de 1990. Aos 60 anos, o filósofo mora com a família desde 2005 em Richmond, Estados Unidos, onde desenvolve seus estudos, principalmente, sobre a mente revolucionária e a paralaxe cognitiva, e trabalha como colunista do Diário do Commércio (SP) e Jornal do Brasil.
Olavo aceitou gentilmente responder algumas perguntas para a revista Atlântico, respostas essas que divido com vocês, não sem antes fazer um agradecimento especial à Roxane Andrade, mulher do filósofo, pessoa extraordinária e gentil que tenho a honra de ter como amiga. À entrevista:
O que é e há quanto tempo, Olavo, você desenvolve os estudos sobre a mentalidade revolucionária?
É uma longa história. Esse estudo surgiu da confluência mais ou menos acidental de duas investigações independentes que eu vinha desenvolvendo desde os anos 80. A primeira diz respeito às definições de direita e esquerda. Por um lado, havia uma tendência, na mídia e nos debates públicos em geral, de minimizar ou até negar explicitamente a diferença entre direita e esquerda. Essa tendência tornou-se ainda mais forte depois da queda da URSS. Por outro lado, a esquerda assumia cada vez mais orgulhosamente sua identidade de esquerda, ao mesmo tempo em que a sua influência política se tornava cada vez mais dominante. A direita, por seu lado, se encolhia numa timidez abjeta, negando sua própria existência, escondendo-se sob o rótulo de "centro" e copiando cada vez mais o vocabulário e a forma mentis da esquerda. Era claro que aí havia um problema, principalmente porque os mais obstinados negadores da diferença entre esquerda e direita eram provenientes da direita. O problema colocava-se portanto em dois níveis. Primeiro, o empenho de dissolver as diferenças entre dois discursos ideológicos não impedia que pelo menos uma das forças políticas correspondentes continuasse existindo historicamente como força atuante e perfeitamente identificável. Segundo: se a negação da diferença tencionava esvaziar a esquerda, diluindo a força atrativa do comunismo num vago e inofensivo "progressismo", foi a própria direita que por meio desse artifício acabou se tornando vaga e inofensiva. Se era assim, era claro que havia um desnível entre a discussão pública e as forças políticas reais por baixo dela. A pergunta que surgia era: Em que consistem a direita e a esquerda como forças históricas objetivas, para além de seus respectivos discursos de autodefinição ideológica? Logo tornou-se claro que era impossível definir direita e esquerda em função de seus objetivos proclamados, que não só eram mutáveis, mas intercambiáveis.
E o que fez para avançar na investigação?
A idéia que me ocorreu então foi atacar o problema num nível mais profundo, buscando diferenças estruturais de percepção da realidade, das quais os sucessivos discursos historicamente registrados como de direita e esquerda pudessem se desenvolver com toda a sua variedade interna alucinante, sem prejuízo das estruturas básicas. Se eu conseguisse descobrir essas duas estruturas permanentes, a direita e a esquerda estariam delineadas por diferenças objetivas para muito além do horizonte de consciência dos indivíduos e organizações que personificavam essas correntes. Descobri várias dessas diferenças. A principal é a diferença na percepção do tempo histórico. A esquerda – toda a esquerda, sem exceção – enxerga o tempo histórico às avessas: supõe um futuro hipotético e o toma como premissa fundante da compreensão do passado. Em seguida, usa essa inversão como princípio legitimador das suas ações no presente. Como o futuro hipotético permanece sempre futuro, e por isso mesmo sempre hipotético, toda certeza alegada pelo movimento esquerdista num dado momento pode ser mudada ou invertida no momento seguinte, sem prejuízo, seja da continuidade do movimento, seja do sentimento de coerência por baixo das mais alucinantes incoerências.
Somando a isso a descoberta de Jules Monnerot de que a cada geração é a esquerda quem aponta e delimita a direita, nomeando como tal aqueles que lhe resistem, a direita aparecia portanto como o conjunto daqueles que, por mil motivos variados, resistem à inversão da razão histórica. Podem fazê-lo, por exemplo, por ser cristãos e acreditar que o "fim da história" é uma passagem para a eternidade e não um capítulo da história profana. Mas podem fazê-lo também por ser ateus de mentalidade científica que preferem moldar as hipóteses segundo os fatos e não alterar os fatos conforme as hipóteses. A segunda investigação foi da "paralaxe cognitiva".
O que é a paralaxe cognitiva?
Assim denomino o deslocamento, às vezes radical, entre o eixo da construção teórica de um pensador e o eixo da sua experiência humana real, tal como ele mesmo a relata ou tal como a conhecemos por outras fontes fidedignas. Raro e excepcional na antigüidade e na Idade Média, esse deslocamento começa a aparecer com freqüência cada vez mais notável a partir do século XVI, dando a algumas das filosofias modernas a aparência cômica de gesticulações sonambúlicas totalmente alheias ao ambiente real em que se desenvolvem. Um exemplo claro é a teoria de Kant sobre a incognoscibilidade da "coisa em si". Se não conhecemos a substância das coisas materiais, mas somente a sua aparência fenomênica, que esperança podemos ter de atingir um dia, a partir de indícios materiais, isto é, letras impressas numa folha de papel, a substância da filosofia de Immanuel Kant? Certamente o filósofo de Koenigsberg não se contentaria se apreendêssemos somente a aparência fenomênica da sua filosofia, a qual filosofia, nesse sentido, é radicalmente incompatível com o ato de escrever livros – e olhem que Kant os escreveu em profusão. Por mais coerente que seja consigo mesma, a filosofia de Kant é incoerente com a sua própria existência de obra publicada.
Outro exemplo: Karl Marx diz que só o proletariado pode apreender o movimento real da história, porque as classes que o precedem vivem aprisionadas na fantasia subjetiva das suas respectivas ideologias de classe. Mas, se é assim, por que o primeiro a perceber isso e a apreender o movimento alegadamente real da história foi o próprio Karl Marx, que não era proletário, não tinha nenhuma experiência da vida proletária e até a idade madura só conhecia os proletários por meio de leituras? Ou a ideologia de classe é inerente à posição social real do sujeito, ou é de livre escolha independentemente da posição social, mas neste último caso não é ideologia de classe de maneira alguma e sim apenas ideologia pessoal projetada ex post facto sobre uma classe, também de livre escolha. Os exemplos desse tipo são tantos que não espero jamais poder chegar a recensear senão uma amostragem ínfima deles. Inevitavelmente, a semelhança estrutural entre a paralaxe cognitiva e a inversão do tempo tinha de se tornar clara um dia, por mais lerda que fosse a minha cabeça.
Como conseguiu?
Substituí, no meu estudo, os termos "esquerda" e "direita" pelos de "revolução" e "reação". Daí para diante, foi ficando cada vez mais evidente para mim a unidade histórica do movimento revolucionário desde as rebeliões messiânicas estudadas por Norman Cohn em The Pursuit of the Millennium até o Fórum Social Mundial. E aí foi que se tornou também claro, mesmo para o meu cérebro cansado e obscurecido, o centro da confusão entre os termos direita e esquerda – porque muitos movimentos tidos popularmente como "de direita" operavam, de fato, na clave revolucionária e não reacionária. De uma maneira ou de outra, esses movimentos acabavam jogando lenha na fogueira da revolução, e trabalhando, portanto, contra seus próprios ideais declarados. Captar e descrever a unidade do movimento revolucionário é desenhar claramente, perante os olhos dos homens "de direita", a verdadeira natureza do seu inimigo permanente. É desfazer uma infinidade de confusões catastróficas, que determinaram, ao longo do tempo, outras tantas políticas suicidas. Se eu conseguir lançar nesse matagal toda a claridade que pretendo, creio que terei feito alguma coisa de útil, pelo menos para dar a Nosso Senhor Jesus Cristo um pretexto que ele possa alegar em minha defesa no Juízo Final.
A partir de qual momento e o que o levou a desenvolver o estudo da paralaxe cognitiva?
É outra história comprida, que vou abreviar dizendo que foi sobretudo uma motivação de ordem moral. Erneste Renan dizia que não conseguia pensar se não tivesse a garantia de que suas idéias não teriam a menor conseqüência no mundo real. Essa atitude sempre me inspirou horror. A cada frase que eu dizia em aula, sempre me ocorriam as perguntas: Até que ponto eu acredito mesmo nisso? E que direito tenho eu de persuadir os outros de alguma coisa em que eu mesmo não sei se acredito ou não? Não sei quando me ocorreu a idéia de fazer essas perguntas não só a mim mesmo, mas aos filósofos que eu lia. René Descartes, por exemplo, jura que a seqüência das suas "Meditações de Filosofia Primeira" não é um mero raciocínio, mas o relato de uma experiência real. Examinando essa experiência, notei que ela era psicologicamente impossível, exceto como dedução hipotética. Ou seja: Descartes tomava como sua história interior real o que era apenas uma construção lógica, confundindo o seu eu pessoal histórico com o eu filosófico abstrato. Isso tinha a estrutura exata de um fingimento histérico ou, se levado às últimas conseqüências, de um delírio esquizofrênico. Creio ter demonstrado isso em duas apostilas que vocês podem ler no meu website. Não é estranho nesse sentido que, ao expor suas teorias sobre a estrutura do mundo físico, isto é, sobre aquilo que pode haver de menos subjetivo, sobretudo no próprio sentido cartesiano da res extensa, ele tenha escolhido fazê-lo sob a forma de uma obra de ficção, o "Tratado do Mundo". E isso justamente numa época em que o teatro como metáfora da realidade universal se tornava moda literária na Europa. A física de Descartes, afinal, era um conjunto de afirmações sobre a realidade objetiva, ou uma fantasia teatral? Descartes não o sabia, e eu muito menos.
À medida que fui descobrindo novos e novos exemplos desse fenômeno, acabei concluindo que quase toda a filosofia moderna se omitia de uma tomada de posição responsável que permitisse saber até que ponto seus criadores a levavam a sério como ciência objetiva ou apenas se deleitavam nela como num espetáculo de teatro. Quando chegamos a Nietzsche, a impossibilidade de decidir por uma coisa ou outra se torna total e invencível. Jamais saberemos "o que Nietzsche quis dizer precisamente", pois toda sua obra é um convite à indistinção entre fantasia e realidade.
Já o mesmo não se pode dizer da filosofia de um Leibniz, de um Schelling (na velhice ao menos), de um Husserl ou de um Eric Voegelin. Esses estão tentando falar mortalmente a sério, mesmo quando erram. A exploração dessa diferença é que resultou na tese da paralaxe cognitiva.
De que modo age social e politicamente o portador da mente revolucionária e de que forma é possível combatê-la?
A mentalidade revolucionária não é só inversão do tempo: é inversão das relações lógicas de sujeito e objeto, dos nexos de causa e efeito, da relação entre criminoso e vítima, etc. Uma boa parte do meu estudo é dedicado ao recenseamento dessas inversões, psicóticas no sentido clínico mais estrito do termo. Elas são a essência do movimento revolucionário, mas essa essência pode se manifestar sob uma impressionante variedade de formas. É por isso que o movimento revolucionário não pode ser definido nem pelo conteúdo concreto dos seus objetivos declarados a cada momento, nem pelo discurso ideológico com que os legitima. É preciso sempre buscar, sob a variedade dessas aparências, a resposta à pergunta: Tal ou qual movimento político ou cultural, nas circunstâncias precisas em que atua, impõe ou não impõe a seus militantes e simpatizantes aquele pacote de percepções invertidas? Se a resposta é "sim", então torna-se claro que se trata de um movimento inserido na corrente revolucionária. Se ele tem mais consciência ou menos consciência disso, é perfeitamente irrelevante para os resultados históricos objetivos que ele vai desencadear necessariamente por meio da inversão da consciência de populações inteiras.
Se o oposto de revolução é "reação" ou "conservadorismo", um reacionarismo ou conservadorismo consciente não atacará o movimento revolucionário apenas na superfície dos seus ideais proclamados ou da sua conduta política ostensiva, mas na base mesma, que é a inversão revolucionária da consciência e das consciências. Como todo movimento revolucionário se arroga o papel de representante do futuro, ele só responde perante o tribunal do futuro, mas como esse futuro, por definição, é móvel, o seu autonomeado representante no presente não tem jamais de responder perante ninguém. A mentalidade revolucionária é, na base, a reivindicação de uma autoridade ilimitada, de um poder divino. As pretensões explícitas de tal ou qual líder revolucionário podem até parecer modestas e sensatas na formulação verbal que ele lhes dê no momento, mas no fundo delas está sempre essa reivindicação, essa exigência implícita. Os movimentos revolucionários não criaram as grandes ditaduras genocidas do século XX por um desvio dos seus belos ideais ou por um acidente histórico qualquer. Eles as criaram por necessidade intrínseca da própria dialética revolucionária, que sempre terminará em totalitarismo sangrento, seja por um caminho, seja por outro caminho aparentemente inverso.
É nesse ponto, precisamente, que a mentalidade revolucionária tem de ser atacada de maneira implacável e incansável: ela é demência megalômana na sua essência mesma. Ela nunca pode produzir nada de bom. Ela é a mentira existencial mais vasta e profunda que já infectou a alma humana desde o início dos tempos. Ela é crime e maldade desde a sua raiz mesma – e é essa raiz que tem de ser cortada, não as ramificações mais aparentes apenas.
A boa notícia é que o movimento revolucionário não é uma constante na história humana. Ele apareceu numa dada civilização e num dado momento do tempo. Ele teve um começo e terá um fim. Apressar esse fim é o dever de todos os homens de bem.
Qual o reflexo do desenvolvimento da mentalidade revolucionária sem uma devida reação?
O principal e mais desastroso reflexo é que o próprio impulso conservador, um dos mais básicos e mais saudáveis da humanidade, acaba por não ter meios próprios de expressão e por copiar as estratégias e táticas revolucionárias, infectando-se da mentalidade que desejaria combater. Só para dar um exemplo, quando você rejeita alguma proposta revolucionária, logo lhe perguntam: "Mas o que você propõe em lugar disso?" Aí o conservador começa a inventar hipotéticas soluções conservadoras para todos os problemas humanos, e perde a autoridade da prudência, passando a discursar na clave psicótica das "propostas de sociedade". Ser conservador é não ter nenhuma proposta de sociedade, é aceitar que a própria sociedade presente vá encontrando pouco a pouco a solução para cada um dos seus males sem jamais perder de vista o fato de que, para cada novo mal que seja vencido, novos males aparecerão. Ser conservador é não ser jamais o portador de um futuro radiante, é ser o porta-voz da prudência e da sabedoria. Ser um conservador é saber que os limites da capacidade humana não desaparecerão só porque Lênin mandou ou porque Trotski disse que no socialismo cada varredor de rua será um novo Leonardo da Vinci.
Seus estudos mostram como operou a mentalidade revolucionária em Portugal?
Para responder a essa pergunta seria preciso sondar mais cuidadosamente o antigo regime. O salazarismo foi uma estranha mistura de conservadorismo cristão com elementos extraídos do fascismo, o qual é sem a menor sombra de dúvida uma ideologia revolucionária. A característica das ideologias revolucionárias é ter um "projeto de sociedade", em vez de respeitar a sociedade existente e tentar aperfeiçoá-la na medida modesta das possibilidades humanas e com a cautela que a prudência recomenda.
Qualquer nação que tenha se infectado profundamente da mentalidade revolucionária e tenha dado aos seus valores conservadores uma formulação política revolucionária corre o risco de estar sempre à mercê de novos projetos revolucionários, pelo simples fato de que perdeu de vista a noção de "ordem espontânea", que é a essência mesma da democracia e do conservadorismo. Que é ordem espontânea? É o conjunto de soluções aprendidas ao longo do tempo. É uma ordem espontânea porque não foi imposta por ninguém. É ordem porque tem um senso arraigado da própria integridade e rejeita instintivamente toda mudança radical. Mas é também aprendizado, isto é, absorção criativa das situações novas por um conjunto que permanece conscientemente idêntico a si mesmo ao longo dos tempos por meio de símbolos tradicionais constantemente readaptados para abranger novos significados.
Examinem bem e verão que ordem democrática é precisamente isso e nada mais. Se, ao contrário, um grupo imbuído do amor a valores tradicionais tenta deter a mudança, ele está introduzindo na ordem espontânea uma mudança tão radical quanto o grupo revolucionário que deseja virar tudo de pernas para o ar, pois o que esse alegado conservadorismo deseja é imortalizar no ar um momento estático de perfeição hipotética. Se esse momento, na imaginação dele, expressa os valores do passado, isso não vem ao caso, porque na prática política esse ideal será um "projeto de futuro" tanto quanto o ideal revolucionário. Uma sociedade só embarca no projeto revolucionário quando perdeu todo o respeito por si mesma. Um respeito que, entre outras coisas, implica o amor aos valores do passado como instrumentos de compreensão e ação no presente, não como símbolos estereotipados de uma perfeição ideal no céu das utopias.
E onde entra o salazarismo nesse história?
Não tenho a menor dúvida de que Antonio de Oliveira Salazar foi um homem honesto e um grande administrador. Mas o salazarismo foi infectado da mesma ambição de controle burocrático total que é característica do movimento revolucionário. Quatro décadas desse regime, e Portugal não tinha mais conservadores genuínos em número suficiente. Os poucos que havia fizeram um esforço heróico para dar à nação a verdadeira estabilidade democrática, mas a ânsia das soluções totais estava, por assim dizer, no ar — e, dissolvido o salazarismo, só quem podia tirar proveito dela era a esquerda.
Não desejo dar palpites na política interna de um país que da minha parte só merece aquele amor cheio de reverência que a gente tem por um avô navegante e guerreiro. Não levem a mal essa minha análise, que é só um esboço sem pretensões. Espero um dia poder estudar mais profundamente a história de Portugal e tirar um pouco das minhas dúvidas.
Há alguma particularidade sobre o que houve aqui?
Há algo de trágico na história de Portugal, pois os filósofos escolásticos portugueses foram os primeiros a compreender a verdadeira natureza do capitalismo, séculos antes de Adam Smith, mas, quando se inaugurou a temporada de caça aos escolásticos, com o iluminismo, ela não trouxe consigo a modernização capitalista, e sim um burocratismo centralizador sufocante. Por uma triste ironia, os adversários do centralismo pombalino eram os jesuítas, eles também revolucionários, que sonhavam com uma república socialista de índios na América do Sul. Posso estar enganado, mas o drama de Portugal é o mesmo de "A Montanha Mágica" de Thomas Mann: um jovem bom e promissor aprisionado entre dois falsos gurus: um iluminista autoritário com discurso modernizador e um jesuíta comunista.
E no Brasil?
O que em Portugal foi tragédia, no Brasil é uma palhaçada sangrenta. Se os portugueses têm uma consciência aguda da sua própria história e constantemente se interrogam sobre o seu passado, os brasileiros não conseguem se lembrar nem do que aconteceu quinze dias atrás, e não aprendem nada, absolutamente nada, com a experiência histórica. Mesmo porque não querem saber dela. Se não querem saber nem do presente, como vão entender o passado? O exemplo mais deprimente do desprezo brasileiro pelo conhecimento – e não digo do conhecimento superior, mas do simples conhecimento dos fatos da atualidade – foi a obstinada recusa geral de tomar ciência de um fenômeno chamado "Foro de São Paulo". Coordenação estratégica do movimento comunista no continente, reunindo em seu seio partidos legais em pé de igualdade com organizações de terroristas e narcotraficantes, o Foro é a mais poderosa organização política que já existiu na América Latina. Tudo o que todos os partidos de esquerda, armados e desarmados, fizeram ao longo dos últimos dezessete anos foi ali tramado e decidido. E durante esses dezessete anos toda a mídia brasileira, todo o establishment acadêmico, toda a classe política, todo o empresariado, todos os formadores de opinião se recusaram obstinadamente a ouvir falar do assunto. É um fenômeno inédito, único na história da estupidez universal. É claro que uma opinião pública formada sob a influência dessa casta de jumentos não pode ter nenhuma visão da realidade. Vive de sonhos, de desconversas, de tagarelice oca e dispersão de suas melhores energias em esforços vãos para resolver problemas não raro inexistentes, enquanto à sua volta o caos e a violência vão tomando conta de tudo e ninguém sequer se dá conta de que, através do Foro de São Paulo, os narcotraficantes e terroristas já estão no poder. A proposta revolucionária é, para o brasileiro de hoje em dia, o substitutivo completo e satisfatório da realidade. Nas últimas décadas, à medida mesma que aquela entidade invisível dominava o continente inteiro com seu segredo de Polichinelo, a cultura superior era totalmente destruída no Brasil, nossas crianças tiravam sempre os últimos lugares nos testes internacionais e a violência crescia até chegar aos cinqüenta mil homicídios por ano – mais ou menos duas guerras do Iraque. Já tive muita pena dos meus conterrâneos, agora não tenho mais. Eles fizeram uma opção preferencial pela ignorância. Seu sofrimento não é injusto.
Você tem sido um crítico do liberalismo e, concomitantemente, um defensor do conservadorismo. Esse conservadorismo que você defende é herança do moderno modelo inglês inaugurado por Edmund Burke?
Eu não diria só inglês, mas anglo-americano. A Inglaterra e os EUA foram os países do Ocidente que mais profundamente se impregnaram do sentimento de respeito pelas tradições, o qual no fim das contas é respeito pelo povo. É verdade que mesmo nesses dois países os planejadores alucinados de sociedades perfeitas estão tentando, e com freqüência conseguindo, destruir esse sentimento. Não sei em que medida os ingleses percebem o mal revolucionário que os vem acometendo nos últimos anos, mas os americanos estão acordadíssimos. Ainda que sem uma clareza suficiente quanto à unidade histórica do movimento revolucionário, os conservadores americanos sabem mais ou menos onde está o mal. E, o que é melhor ainda, pouquíssimos dentre eles se deixam levar pela tentação do que poderíamos chamar de "conservadorismo revolucionário". Eles nunca leram o brasileiro Jackson de Figueiredo, mas se o lessem endossariam com entusiasmo esta fórmula dele: "O de que precisamos não é uma contra-revolução. É o contrário de uma revolução".
Quais as principais virtudes do conservadorismo?
A autoconservação é a necessidade básica dos seres vivos. A própria capacidade de crescimento, desenvolvimento e adaptação a novas circunstâncias não é senão o instinto de autoconservação visto sob seu aspecto ativo e – nos seres humanos – criativo. Goethe dizia que aquele que sabe guardar, proteger e conservar terá sempre, no fim, a melhor parte. (Goethe é, aliás, um dos grandes pensadores do conservadorismo, tão grande quanto Burke. Shakespeare é outro, como também Dante, Balzac e Dostoievski.)
Veja um exemplo: quando você aprende uma língua, o que é mais importante, adquirir novas palavras ou conservar as velhas na memória? As novas só fazem sentido em função das velhas, mas estas são úteis em si mesmas, ainda que você não lhes acrescente mais nenhuma. Todo desenvolvimento deve buscar em primeiro lugar a conservação dos bens adquiridos, e só em segundo lugar a conquista de novos bens. Jean Fourastié observava que, se ao lado da história dos progressos do conhecimento fizéssemos também a história da ignorância, o recenseamento e reconquista dos conhecimentos perdidos, o progresso seria muito maior.
Para aumentar o patrimônio é preciso antes possuí-lo e conservá-lo. Antes de poder começar a desenvolver-se por sua própria iniciativa, uma criança tem de ser cuidada, protegida, conservada por vários anos. Assim também a sociedade. A riqueza e a cultura perdem-se com uma facilidade impressionante, e as perdas maiores ocorrem sobretudo quando das mutações revolucionárias. Não é coincidência que nenhum regime tenha conseguido matar de fome tanta gente — e com tanta velocidade — quanto os regimes revolucionários que alegam acabar com a fome. Para acabar com a fome, a condição número um é não fazer uma revolução, não destruir bens, não criar a desordem geral por meio da implantação forçada de uma nova ordem — mesmo que essa nova ordem seja nominalmente inspirada em valores tradicionais e conservadores. Por isso é que regimes como o fascismo ou o radicalismo islâmico não são de maneira nenhuma conservadores e sim revolucionários. Eles alegam valores aparentemente conservadores, mas buscam implantá-los por meio da mutação revolucionária que acaba por destruir esses valores.
O perdão, a tolerância, a paciência, a sabedoria e, sobretudo, o respeito pela fragilidade humana, tais são as virtudes em que se baseia o conservadorismo.
Lembro você ter escrito que, ao dialogar com alguns liberais, ao final da conversa constata que o sujeito é conservador com idéias liberais. Por quê isso acontece?
Isso nasce de um vício de linguagem. Como a mídia brasileira chama de "conservadores" os grupos de interesses sem nenhuma ideologia própria, o que é totalmente errado, a direita corrigiu um erro com outro erro, dizendo-se "liberal" em vez de conservadora. Da minha parte, uso sempre o termo liberalismo no seu sentido histórico de um capítulo do movimento revolucionário.
Às vezes, quando critico o liberalismo nesse sentido, alguns conservadores brasileiros acham que estou falando mal deles. O liberalismo, no sentido em que uso o termo, acredita que a liberdade é um princípio fundante da política, mas a liberdade é apenas uma regra formal, que, elevada à condição de princípio, resulta no esvaziamento relativista de todos os valores, fomentando a mutação revolucionária e a extinção da própria liberdade. A diferença entre princípio substantivo e regra formal é que o primeiro pode ter sua aplicação estendida indefinidamente sem levar a contradições, ao passo que a regra formal, se aplicada além de um certo limite, acaba por se negar a si mesma. A liberdade é uma regra formal porque ela sempre necessita de outras que a definam e não funciona fora delas. Os liberais — no sentido em que uso o termo — não entendem isso.
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