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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Educação Financeira e Cidadania, uma relação delicada


Posted: 27 Jun 2011 07:23 PM PDT
Educação Financeira e Cidadania, uma relação delicadaSempre que converso com amigos e conhecidos sobre educação financeira, uma questão surge de forma espontânea: "Por que você decidiu especializar-se e trabalhar com o aprendizado sobre finanças pessoais e educação financeira?". Afinidade pessoal, claro, é sempre uma resposta honesta. Mas, além de gostar do tema e conhecê-lo, acredito que a relação entre ser humano e dinheiro precisa ser muito melhor explorada, especialmente no sentido da liberdade e da responsabilidade.
Planejar a realização de sonhos e objetivos, aprender a lidar com as frustrações do dia a dia, adiar consumo para criar e multiplicar patrimônio e enxergar a possibilidade de ser livre através da disciplina são experiências enriquecedoras em muitos sentidos. Trabalho com educação financeira porque acredito que ela pode realmente transformar o ambiente familiar. Essa realidade, no entanto, não sensibiliza muita gente.
A missão é nobre, mas os percalços são muito maiores que só a resistência pessoal de cada um em tratar das finanças com naturalidade. Por aqui há um sentimento generalizado, quase que cultural, de que para se dar bem é preciso ser mais esperto. O conceito de construir, criar oportunidades e gerar riqueza com paciência é pouquíssimo valorizado. Imperam a safadeza, o oportunista e a política "o que eu ganho com isso?".
O que dizer de um país democraticamente jovem que abdica de seus princípios fundamentais de transparência? Sediar o Mundial de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016 parece ser um simples pretexto para aumentar a farra com o dinheiro público, tratando a nós, contribuintes e eleitores, como idiotas. O que houve com o Pan-Americano de 2007 não foi uma exceção, infelizmente - o custo total foi 10 vezes maior que o orçamento inicial e praticamente não há legado].
Ora, não é preciso ser muito inteligente para comparar realidades de sedes de mundiais recentes. Veja o caso da Alemanha: construir o estádio Allianz Arena, do zero, custou o equivalente a R$ 850 milhões, valor já atualizado monetariamente. A população de Munique exigiu que nenhum centavo de dinheiro público fosse investido na obra, que é privada. O investimento previsto para a reforma do Maracanã ultrapassa a casa de R$ 1 bilhão. Trata-se de uma previsão. E será usado o seu, o nosso dinheiro.
O que dizer de um país que acolhe um sabido "fora da lei" estrangeiro, condenado em seu país, apadrinhando-o através de diversos personagens da política nacional? Cabe lembrar que a Justiça Brasileira havia sido favorável à sua extradição e que sua permanência foi decisão da figura suprema da nação, o presidente da República. A ordem do "fico" foi então votada e cumprida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no início deste mês. Se quer entender o caso, sugiro que clique aqui.
Indignados também ficam os muitos estrangeiros sérios que aqui procuram oportunidades e chances, mas que tem na burocracia o inimigo principal para sua permanência - há diversos casos de pessoas que aguardam meses (e anos) para receberem sua documentação. O italiano acusado de quatro homicídios recebeu seus papéis em incríveis 13 dias.
O que dizer de um país em que escândalos políticos e financeiros amplamente investigados e noticiados são simplesmente "empurrados com a barriga"? Gravações, flagras, depoimentos, nada disso serve para punir quem arrebata nossas contribuições. Depois de algum tempo, as mesmas figuras voltam ao poder, eleitas por nós ou empossadas por quem quer que seja. Se você não se lembra dos fatos, sugiro três casos emblemáticos (clique sobre eles para ler mais): Escândalo do MensalãoDossiê dos Aloprados eSuposta propina no governo Arruda em Brasília.
Onde estamos? Onde queremos chegar?
Eu sei que você quer que eu fale dos contratos excusos entre prefeituras e empreiteiros, licitações combinadas, grupos empresariais formados por políticos que controlam estados e municípios, corrupção, salários pífios de professores, inchaço da máquina pública, oneração tributária, sistema previdenciário à beira do colapso, saúde precária e etc. Ufa!
Eu poderia citar inúmeros outros exemplos de situações constrangedoras para aqueles que, como eu e você, caro leitor, preocupam-se com os rumos de nossos cidadãos. Porque educar é isso: formar cidadãos. Educação financeira é parte do processo, mas depende de um arcabouço de valores, princípios e sentimentos mais sinceros, íntegros e coerentes. Não é que falte seriedade, mas sobra sacanagem... O desafio é grande. Pois é.
Ficamos - tenho a certeza de que você concorda comigo - com a sensação de que falta muita coisa. O quê? Quanto falta? Falta patriotismo? Falta gente engajada, mais consciente de seu poder de transformação e voto? Falta gente séria? Falta "vontade política"? Falta tudo isso?
Quem se importa?
O brasileiro, é de se imaginar, deve estar bastante preocupado e chateado com o futuro que o aguarda. Deveria? Um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) baseado em pesquisa do Instituto Gallup mostra que somos o país recordista em felicidade futura. Em uma escala de 0 a 10, o brasileiro dá uma nota 8,7 à sua expectativa de satisfação com a vida em 2014. O índice é o maior entre os 144 países da pesquisa.
Tudo porque podemos comprar a felicidade na próxima esquina e porque enquanto estamos ocupados comprando, valorizando a possibilidade de tudo aquilo que podemos comprar e ter, nos esquecemos da importância de ser, aprender e melhorar. A inclusão social pelas posses é mais divertida que a escolha dos nossos representantes e a luta por melhores exemplos. Afinal, quem disse que você precisa de dinheiro para comprar um carro? Coragem basta!
Veja você, nobre leitor, que o desafio da educação financeira se transformou em um monstro. Domá-lo requer o resgate do ser humano, da família e da transformação também do próximo. Fica fácil apontar o dedo e afirmar que sobram oportunismo, picaretagem e charlatanismo. O duro é olhar no espelho, encarar o grande e vermelho nariz de palhaço e admitir que falta vergonha na cara. Seria um bom começo...
Foto de sxc.hu.


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Este artigo foi escrito por Conrado Navarro.
Educador financeiro, tem MBA em Finanças pela UNIFEI. Sócio-fundador do Dinheirama, autor dos livros “Vamos falar de dinheiro?” (Novatec) e"Dinheirama" (Blogbooks), Navarro atingiu sua independência financeira antes dos 30 anos e adora motivar seus amigos e leitores a encarar o mesmo desafio. Ministra cursos de educação financeira e atua como consultor independente. No Twitter: twitter.com/Navarro
Este artigo apareceu originalmente no site Dinheirama.
A reprodução deste texto só pode ser realizada mediante expressa autorização de seu autor. Para falar conosco, use nosso formulário de contato. Siga-nos no Twitter: @Dinheirama

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terça-feira, 21 de junho de 2011

sábado, 4 de junho de 2011

Má conselheira

Fonte: http://www.midiasemmascara.org/artigos/conservadorismo/12122-ma-conselheira.html


Discursar genericamente sobre o pecado, sem nada fazer contra o agente que o pratica, é transformar a moral numa questão de teoria, sem alcance prático. 

Quando reagem aos ataques cada vez mais virulentos que a religião sofre da parte de gayzistas, abortistas, feministas enragées, neocomunistas, iluministas deslumbrados etc., certos católicos e protestantes invertem a ordem das prioridades: colocam menos empenho em vencer o adversário do que em evitar, por todos os meios, "combatê-lo à maneira do Olavo de Carvalho".
O que querem dizer com isso é que o Olavo de Carvalho é violento, cruel e impiedoso, humilhando o inimigo até fazê-lo fugir com o rabo entre as pernas, ao passo que eles, as almas cristianíssimas, piedosíssimas, boníssimas, preferem "odiar o pecado, jamais o pecador". Daí que, em vez de ferir os maliciosos com o ferro em brasa da verdade feia, prefiram admoestá-los em tom de correção fraterna ou, no máximo, argumentar genericamente em termos de direitos e valores.
São, em primeiro lugar, péssimos leitores da Bíblia. Cristo, é verdade, mandou odiar o pecado e não o pecador. Mas isso se refere ao sentimento, à motivação íntima, não à brandura ou dureza dos atos e das palavras expressas. Ele nunca disse que é possível reprimir o pecado sem magoar e, nos casos mais obstinados, humilhar o pecador.
Quando expulsou os comerciantes do templo, Ele chicoteou "pecados" ou o corpo dos pecadores? Quando chamava os incrédulos de "raça de víboras", Ele se dirigia a noções abstratas, no ar, ou a ouvidos humanos que sentiam a dor da humilhação?
Quando disse que o molestador de crianças deveria ser jogado ao mar com uma pedra no pescoço, Ele se referia ao pescoço do pecado ou ao do pecador? O pecado, em todos os casos possíveis e imagináveis, só pode ser reprimido, punido ou combatido na pessoa do pecador, não em si mesmo e abstratamente. Discursar genericamente sobre o pecado, sem nada fazer contra o agente que o pratica, é transformar a moral numa questão de teoria, sem alcance prático.
Em segundo lugar, não têm discernimento moral. Não, pelo menos, na medida suficiente para avaliar a gravidade relativa dos atos privados e públicos, nem para distinguir entre a paixão da carne e o ódio aberto ao Espírito Santo. Mais imbuídos de moralismo sexual burguês que de autêntica inspiração evangélica, abominam, na mesma medida, a prática homossexual em si e seu uso como instrumento público de ofensa deliberada a Jesus, à Igreja, a tudo quanto é sagrado.
Não sabem a diferença entre a tentação carnal, que é humana, e o impulso de humilhar a cristandade, que é satânico. Falam de uma coisa e da outra no mesmo tom, como se o pecado contra o Espírito Santo fosse tão perdoável quanto uma fraqueza da carne, um deslize, um vício qualquer.
Assim procedendo, colocam-se numa posição logicamente insustentável. Sentindo então a própria vulnerabilidade sem perceber com clareza onde está o ponto fraco, vacilam e passam a atenuar seu discurso como quem pede licença ao adversário para ser o que é, para crer no que crê. Daí é que lhes vem o temor servil de "combater à maneira do Olavo de Carvalho", a compulsão de marcar distância daquele que não se deixa inibir por idêntica fragilidade de coração.
É verdade que o Olavo de Carvalho usa às vezes palavras duras, humilhantes. Mas ele jamais elevou sua voz em público para condenar qualquer conduta privada, por abominável que lhe parecesse. De pecados privados fala-se em privado, com discrição, prudência, compaixão. Pode-se também falar deles em público, mas genericamente, sem apontar o dedo para ninguém. E o tom, em tal circunstância, deve ser de exortação pedagógica, não de acusação.
Examinem a conduta do Olavo de Carvalho e digam se alguma vez ele se afastou dessas normas. Quando ele humilha o pecador em público, é por conta de pecados públicos, que não vêm de uma fraqueza pessoal e sim de uma ação cultural ou política racional, premeditada, maliciosa até a medula.
Homossexualismo é uma coisa, movimento gay é outra. O primeiro é um pecado da carne, o segundo é o acinte organizado, politicamente armado, feroz e sistemático, à dignidade da Igreja e do próprio Deus - algo que vai muito além até da propaganda ateística, já que esta se constitui de meras palavras e aquele de atos de poder. Atos de prepotência, calculados para humilhar, atemorizar e aviltar, preparando o caminho para a agressão física, a repressão policial e o morticínio.
O cinismo máximo dessa gente é alardear choramingando a violência pública contra os gays, estatisticamente irrisória, e alegá-la justamente contra a comunidade mais perseguida do universo, que já forneceu algumas centenas de milhões de vítimas aos rituais sangrentos dos construtores de "mundos melhores".
O indivíduo que se deixou corromper ao ponto de entregar-se a esse exercício de mendacidade psicótica com a consciência de estar servindo a uma causa humanitária está longe de poder ser atingido, na sua alma, por exortações morais, apelos à "liberdade de religião", queixas formuladas em linguagem de debate acadêmico pó- de-arroz ou mesmo argumentações racionais lindamente fundamentadas. Só uma coisa pode inibi-lo: o temor da humilhação pública, que, nas almas dos farsantes e hipócritas, é sempre exacerbado e, às vezes, seu único ponto sensível.
Sim, o Olavo de Carvalho usa às vezes palavras brutais. Mas ele o faz por premeditação pedagógica, que exclui qualquer motivação passional, especialmente o ódio, ao passo que outros só se esquivam de usar essas palavras porque têm medo de parecer malvados, porque têm horror de dar má impressão e buscam abrigo sob a capa de bom-mocismo, de desculpas evangélicas perfeitamente deslocadas, concorrendo em falsidade e hipocrisia com os próceres do gayzismo.
Cometem, aliás, o mesmo erro suicida em que os liberais brasileiros caíram desde duas décadas atrás, quando, fugindo ao exemplo do Olavo de Carvalho, preferiram debater economia de mercado com os petistas em vez de denunciar o Foro de São Paulo e sua lista de crimes. Hoje estão liquidados. A covardia é sempre má conselheira.

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