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domingo, 22 de novembro de 2009

Tribunal Europeu de Direitos Humanos proíbe crucifixos nas escolas da Itália

Thaddeus M. Baklinski

ESTRASBURGO/ROMA, 3 de novembro de 2009 (Notícias Pró-Família) — O Tribunal Europeu de Direitos Humanos decidiu hoje que a exposição de crucifixos nas salas de aulas da Itália viola os direitos dos pais à educação laica para seus filhos.

O tribunal de Estrasburgo mostrou que, "A exibição compulsória de um símbolo de determinada religião em dependências usadas por autoridades públicas… restringe o direito dos pais de educar seus filhos em conformidade com suas convicções".

"A presença do crucifixo… poderia facilmente ser interpretada pelos alunos de todas as idades como um sinal religioso e eles poderiam sentir que estão sendo educados num ambiente escolar que leva a marca de determinada religião", disse o tribunal numa declaração, acrescentando que a presença de tais símbolos poderia ser "perturbante para alunos que praticam outras religiões ou que são ateus".

Os sete juízes que decidiram o caso acrescentaram que os crucifixos nas salas de aula também restringem "o direito de as crianças crerem ou não crerem", de acordo com a declaração citada pela agência noticiosa AFP.

O caso foi levado ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos por Soile Lautsi, mãe de dois filhos de Abano Terme, perto de Pádua. Ela alegou que seus filhos estavam sendo influenciados ao ter de freqüentar uma escola que tinha crucifixos em todas as salas.

Decidindo que isso contradiz a separação de Igreja e Estado na Itália, o tribunal a premiou com 5.000 euros (7.400) em danos.

O tribunal, porém, não ordenou que as autoridades italianas removessem os crucifixos, e o governo italiano disse que apelaria para a Grande Câmara do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, de acordo com a agência noticiosa ANSA.

A decisão provocou revolta em toda a Itália, com líderes religiosos e políticos condenando a decisão usando palavras como "horrorosa", "repulsiva", "pagã" e "fraca".

"Essa é uma decisão nojenta", disse Rocco Buttiglione, ex-ministro da cultura.

"Temos de rejeitá-la firmemente. A Itália tem sua cultura, suas tradições e sua história. Aqueles que vêm para este país precisam compreender e aceitar esta cultura e esta história", disse ele.

Mariastella Gelmini, ministra da educação, disse que a decisão é "uma ofensa às nossas tradições".

"A presença de um crucifixo na sala de aula não significa adesão ao catolicismo romano, mas sim é um símbolo de nossa tradição", disse Gelmini para a agência noticiosa ANSA. Ela apontou para o fato de que, "A história da Itália é marcada por símbolos e se apagarmos os símbolos, apagamos parte de nós mesmos. Ninguém, e certamente não um tribunal europeu ideológico, terá sucesso em apagar nossa identidade".

"Não é eliminando as tradições de países individuais que uma Europa unida será construída", declarou Gelmini.

Mario Baccini, senador no governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, disse que o Tribunal Europeu de Direitos Humanos "está à deriva no paganismo", enquanto Pierferdinando Casini do partido de oposição União dos Democratas Cristãos disse que a decisão mostra que as instituições da União Européia são "impotentes" em sua negligência de reconhecer as raízes cristãs da Europa.

O porta-voz do Vaticano, o Rev. Federico Lombardi, disse que queria ver a decisão e as razões por trás dela antes de comentar, ao passo que a Conferência dos Bispos da Itália disse que o veredicto é "parcial e ideológico" e "desperta tristeza e pasmo".

Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com

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