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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ciência Sem Sentido

https://fakeclimate.wordpress.com/2016/06/16/ciencia-sem-sentido/

Publicado: junho 16, 2016 em Arquivo BFC!
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Ricardo Augusto Felicio
Tenho acompanhado as notícias sobre o frio divulgadas pela grande mídia meio que de longe. Tenho preferido verificar os dados meteorológicos e imagens de satélite, bem como acompanhar os colegas meteorologistas sérios que entendem o papel desta importante ciência.
Digo que acompanho meio que de longe as notícias, porque ao mesmo tempo que temos vários profissionais engajados em observar, descrever e entender as diversas situações sinópticas meteorológicas e, em segunda instância, as climáticas, para depois conseguir realizar alguma interpretação, vemos, por outro lado, que já começou a enxurrada de asneiras dos seguidores da Santa Igreja do Aquecimento Global, muitos deles são figurinhas carimbadas desta pseudo-ciência. O número de artigos publicados na internet dizendo que o frio que assola quase que meio Brasil é culpa do “aquecimento global” e por conseguinte, do Homem, que lança o dióxido de carbono, o “gás tóxico de ‘efeito estufa’” (Socorro!!!) já é assustador. Já não era sem tempo. Até causou-me estranheza demorarem tanto. As explicações são as mais ridículas possíveis, que ferem todos os princípios da Física e até da Química, o que não são nenhuma novidade para os seus críticos, tendo em vista que os argumentos da turma aquecimentista e catastrofista são fantasiosos. Tem até engenheiro florestal, defensor fervoroso do grande negócio aquecimentista, evocando as correntes de jato e fazendo uma enorme salada, só com as noções de gradiente da atmosfera. Incrível! Só posso dizer para estes crentes que eles chegaram atrasados.
Em abril de 2014, seus pares do hemisfério Norte já tiveram a mesma idéia e proeza! Acusaram o frio assolador, que continua a açoitar seus invernos e amenizar seus verões, de ser causado pelo “aquecimento global”, sempre fruto do Homem. Na época, eu já alertei sobre o alarmismo infundado e que tudo não passava de besteira. As notícias sobre Meteorologia nos Estados Unidos da América mostravam fotos do estado de Nebraska, com as águas congeladas, e mais interessante ainda, as cataratas de Niágara, localizadas entre o estado de Nova Iorque e a província canadense de Ontário, totalmente congeladas (Fig.01). Fenômeno este, já registrado em outras ocasiões pretéritas similares ao frio intenso que, neste referido mês de abril de 2014, chegou aos incríveis –50,0ºC. Tudo isto aconteceu devido ao que eles denominam de Polar Vortex, ou Circumpolar Vortex, ou Vórtice Polar que é um centro de alta pressão atmosférica frio, cujo deslocamento, causa queda abrupta de temperatura por onde passa e que pode ser acompanhado por um centro de baixa pressão como sua esteira de turbulência. A este centro de baixa pressão atmosférica, podemos denominar de ciclone extratropical polar. Deve-se lembrar que esta é uma teoria baseada ainda na Escola Norueguesa. Eu ainda tenho a preferência de utilizar a Teoria Dinâmica da Escola Francesa que atribui o frio aos APMs – Altas Polares Móveis, ou Anticiclones Polares Móveis. Para as duas escolas, há a existência de uma unidade aerológica fria que desencadeia os processos termodinâmicos, ou em outras palavras, este regime de situação com céu claro, baixíssimas temperaturas provenientes de um ar polar, ausência de nuvens, temperaturas um pouco elevadas no meio dia solar, dada a alta insolação, mas muito frio durante nascer, ocaso e noite a dentro. E por que voltei ao tempo para relatar tal situação? O curioso de tudo isto é que a imprensa, lá nos Estados Unidos da América, em abril de 2014, atribuiu a passagem daquele Vortex Polar e seu frio intenso em plena primavera, ao “aquecimento global”, logicamente causado pelos humanos. A revista Time daquele mês, em 2014, publicou que “Aquecimento global causa Vortex Polar”. Contudo, 40 anos antes, a mesma revista publicou, em 1974, que “Resfriamento global causa Vortex Polar”, já que esta era a tendência catastrofista da época (Fig-02). Vejam o pleno absurdo da contradição! Como pode um mesmo fenômeno ser a “prova” de duas supostas situações climáticas globais antagônicas? Se não fosse tão sério e trágico, deveria ser considerado apenas piada. O pior é ver que os brasileiros seguidores da Igreja Aquecimentista fazem o mesmo, sem ao menos verificar qualquer coisa. Tudo vale para salvar a ideologia furada. Vale aqui recordar a lamentação do professor Ph.D. John Christy, do Departamento de Ciências Atmosféricas da Universidade de Alabama: “É extremamente frustrante, para um cientista, ver na mídia que cada desastre meteorológico está sendo acusado de ‘mudança climática’ quando, na verdade, esses eventos fazem parte da variabilidade natural do sistema climático”.
Fig.01: águas congeladas no estado de Nebraska (esquerda) e as cataratas de Niágara parcialmente congeladas (direita) em abril de 2014, quando as temperaturas atingiram cerca de –50,0ºC.
Fig.01: águas congeladas no estado de Nebraska (esquerda) e as cataratas de Niágara parcialmente congeladas (direita) em abril de 2014, quando as temperaturas atingiram cerca de –50,0ºC.
Fig.02: as duas publicações da revista Time em dois tempos e situações diferentes. Em 1974 (esquerda) o “resfriamento global” causava “Vórtice Polar”. Já em 2014 (direita) exatos 40 anos depois, é o “aquecimento global” que causa “Vórtice Polar”. Como pode o mesmo fenômeno ser a conseqüência de duas situações climáticas hipotéticas antagônicas?
Fig.02: as duas publicações da revista Time em dois tempos e situações diferentes. Em 1974 (esquerda) o “resfriamento global” causava “Vórtice Polar”. Já em 2014 (direita) exatos 40 anos depois, é o “aquecimento global” que causa “Vórtice Polar”. Como pode o mesmo fenômeno ser a conseqüência de duas situações climáticas hipotéticas antagônicas?

Em 2014, como fazemos agora aqui em 2016, cientistas sérios criticaram a imprensa que distorce e fomenta a ideologia religiosa do AGA – Aquecimento Global Antropogênico. Na época, o Dr. Will Happer, premiado professor de Física da Universidade de Harvard afirmou: “os ‘vórtices polares’ tem estado por aí desde sempre. Eles não têm nada a ver com qualquer aumento do CO2 na atmosfera”. O Dr. Ryan Maue, meteorologista, repeliu esta suposição absurda de que “aquecimento global” fomenta frio: “Esta história do ‘vórtice polar é a mais recente mensagem das redes sociais. Após alguns segundos de explicação, ela se desfaz”. O Dr. Cliff Mass, climatologista, na época, pediu seriedade à imprensa: “As alegações que nós ouvimos esta semana, no sentido de que o ‘efeito estufa’ gera mais ondas de frio, realmente, aparecem como desprovidas de qualquer fundamento na observação e na teoria. A mídia precisa parar com esse argumento insustentável”. De fato ele tem razão. A única sustentação é a da ideologia do AGA. Já a Drª. Judith Curry, climatologista, famosa por ter desmascarado os falsos resultados do programa BEST (Berkeley Earth Surface Temperatures) foi bem mais enfática. Após introduzir o assunto com a frase: “O aquecimento global, causando o ‘vórtice polar’? Ela respondeu categoricamente ao disparate numa só palavra: “NÃO”. Lembro-me ainda do blogue Real Science realçar o disparate do aquecimento do Ártico gerar ‘vórtices polares’: “Como é que alguém pode dizer que o Ártico está se aquecendo rapidamente e ao mesmo tempo produzindo frios recordes? Como é que uma frente, com ar com uma temperatura de –65,0ºF (–54,0ºC) pode resultar de um gelo que está derretendo? Essas afirmações são ridículas para além da compreensão humana. A extensão da superfície do Ártico está normal. A neve no hemisfério Norte está atingindo recordes”. Enfim, não era de se esperar outra coisa, tendo em vista que o maior grupo de notícias do mundo é detentor do agenciamento dos Créditos de Carbono – CCs, ou seja, a mídia é dona do carbono.
Fazendo um paralelo com o Brasil, temos sido atacados pelos APMs intensos há cerca de 20 dias aproximadamente. Os estados do Sul, parte do Centro-Oeste e parte do Sudeste, têm apresentado temperaturas muito abaixo da média, atingindo marcas recordes ou recorrentes de há pelo menos 30 anos atrás. Em particular, o dia 13 de junho de 2016 será definido como uma nova marca, não que outros dias também não tenham sido ou ainda serão. Mas neste, em especial, tivemos vários registros bastante interessantes. As cachoeiras de Urupema, município brasileiro localizado no estado de Santa Catarina – SC, a cerca de 56km de Lajes, também congelaram desde o dia 9 de junho de 2016, mas nesta última segunda-feira, 13 de junho de 2016, a CIRAM – Centro de Informações Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de Sta. Catarina informou que a mínima alcançou –8,5ºC (Fig.03). Na Serra da Mantiqueira, o município de Campos do Jordão, no estado de São Paulo, atingiu cerca de –5,3ºC. Alguém poderá dizer que estamos selecionando pontos serranos, onde isto seria mais comum mesmo de acontecer, mas para provar que o APM é severo e não faz distinção somente pela altitude, mostraremos mais dados interessantes. O bairro Capela do Socorro, extremo Sul do município de São Paulo, registrou as 3h30 deste dia 13 de junho, 0,0ºC, sendo até aquela hora, a temperatura mais baixa em 12 anos de medição realizados pelo Centro de Gerenciamento de Emergência – CGE. Claro que até o nascer do Sol, ao que parece, a marca ficou abaixo de zero, atingindo –0,6ºC. Para a Estação Meteorológica de Superfície – EMS do Instituto Astronômico e Geofísico, localizada no complexo do Parque do Estado, a temperatura mínima observada na manhã, deste mesmo dia 13, foi de 1,3ºC, sendo a menor temperatura registrada no século XXI por esta estação, desde 17 de junho de 2000, quando os termômetros marcaram –0,2ºC, segundo a meteorologista Samantha N. S. Martins Almeida. O ajardinado meteorológico da EMS do IAG ficou repleto pela geada (Fig.04). Vale ressaltar que os registros desta estação mostraram que a menor temperatura verificada em um mês de junho, desde o início dos registros, em 1933, ocorreu em 20 de junho de 1942, quando se observou uma mínima de –0,5ºC. E para mostrar definitivamente que esta seqüência de APMs veio para valer, em Ubatuba, litoral Norte do estado de São Paulo, tivemos 4,5ºC em plena praia. Um pouco mais ao Norte, já no estado do Rio de Janeiro, um amigo carioca passou-me a informação: 16,0ºC em São Gonçalo, mas com uma madrugada registrando 9,0ºC. O curioso foi a percepção de sua filha mais nova: “Pai, está fazendo mais frio aqui que no Alasca”, tendo em vista que neste dia, em Anchorage, tínhamos 17,0ºC em sua primavera.
Fig.03: cachoeira com as águas congeladas no município de Urupema – SC, em 13 de junho de 2016 (fonte: Secretaria de Turismo e Urbanismo de Urupema, 2016).
Fig.03: cachoeira com as águas congeladas no município de Urupema – SC, em 13 de junho de 2016 (fonte: Secretaria de Turismo e Urbanismo de Urupema, 2016).

fig 4.2
fig 4.3
Fig.04: os jardins das dependências externas do Instituto Astronômico e Geofísico – IAG, localizado no Parque do Estado, no município de São Paulo amanheceram cobertas por geada neste dia 13 de junho de 2016. O ajardinado meteorológico (fotografia do meio) cerca a maior parte dos instrumentos da Estação Meteorológica de Superfície (fonte: técnico da EMS, Willians Garcia).
Fig.04: os jardins das dependências externas do Instituto Astronômico e Geofísico – IAG, localizado no Parque do Estado, no município de São Paulo amanheceram cobertas por geada neste dia 13 de junho de 2016. O ajardinado meteorológico (fotografia do meio) cerca a maior parte dos instrumentos da Estação Meteorológica de Superfície (fonte: técnico da EMS, Willians Garcia).
Assim sendo, preparem seus cobertores e suas roupas de frio, pois estes APMs ainda vão persistir por alguns dias. Também preparem a sua paciência já que a doutrina ideológica do “aquecimento global” vai continuar a proferir as suas besteiras de sempre, aliás, turma do aquecimentismo, continuem rezando para Gaia. Quem sabe ela lhes dê novas inspirações para sustentar a sua hipótese fraudulenta, porque a de que AGA gera frio já é nossa velha patifaria conhecida e desmascarada.
Ricardo Augusto Felicio

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